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Programação do 61º seminário do GEL


61º SEMINáRIO DO GEL - 2013
Título: O status da postônica não final em São Paulo e em São Luís: uma proposta de análise
Autor(es): Arthur Pereira Santana. In: SEMINÁRIO DO GEL, 61 , 2013, Programação... São Paulo (SP): GEL, 2013. Acesso em: 08/05/2024
Palavra-chave Neutralizao,Vogais mdias,Postnica no-final
Resumo Estudo inicial a respeito das vogais postônicas não-finais no português brasileiro. A ser desenvolvido junto ao Programa de Pós-graduação em Semiótica e Linguística geral da Universidade de São Paulo, este estudo busca analisar de que forma o sitema vocálico, especificamente as vogais médias, comportam-se em posição postônica não-final no português brasileiro a partir da observação de duas comunidades de fala, São Paulo e São Luís. Assim, ao analisar a neutralização das médias postônicas não-finais, fenômeno em curso no português brasileiro, como observado em hósp[e]di > hósp[i]di, e a síncope, fenômeno que serve como um dos argumentos usados por estudiosos para a não inclusão do proparoxítono em uma teoria geral a respeito do acento em português (cf. ARAÚJO, 2007), como observado em abób[o]ra > abób[]ra, almeja-se descrever e analisar os processos fonológicos que condicionam tais fenômenos, bem como delinear até que ponto características dialetais influenciam ou não sua aplicação. Para tanto, discute-se o modelo de experimentos e a metodologia a ser utilizada para o desenvolvimento do estudo, bem como análises preliminares que norteiam noções como a de que a neutralização das vogais médias postônicas não-finais é um fenômeno cuja aplicação é desigual no PB, uma vez que em São Paulo dados evidenciam certa tendência à existência de duas regras de neutralização a favor da vogal alta, como defende Bisol (2003), ao passo que em São Luís observações preliminares indicam a permanência de três regras de neutralização, como propôs Câmara Jr. (1997), o que pode evidenciar a noção dialetológica de que a variação linguística no Brasil ocorre, primordialmente, em um eixo norte-sul (TEYSSIER, 1980). Por sua vez, em ambas as comunidades de fala, a recorrência da síncope parece obedecer a contextos fonológicos específicos, e não a uma tendência que aparenta ser iminente à modificação, noção contestada por Araujo (2007), mas amplamente defendida na literatura específica.