Resumo |
Em meu artigo Os sons do silêncio (GEL, 2002), procurei mostrar que o silêncio tem som por meio da análise de um texto musicalizado no viés da semiótica francesa. Durante as pesquisas de doutorado fiz muitas experiências com a musica, por meio do projeto English By Music, quando produzi e apresentei centenas de programas pelo Centro de Rádio e Televisão Cultural e Educativo da Unesp, Campus de Bauru. Manipulado pela música fui auto-didata no aprendizado de Inglês na época de minha adolescência. As músicas cantadas em inglês e ouvidas nas rádios da época me inebriavam, ainda sem entender o que elas diziam. Esse foi o ponto de partida. Depois, radialista, a universidade de Letras, professor de Inglês da rede pública e privada de ensino, o doutorado em Letras e o Ensino de Inglês no ensino superior. Tudo começou, no entanto, em 1983 com a minha primeira turma de inglês, as crianças do Instituto de Idiomas Campbell. O gosto pela música em língua inglesa se intensificou. Adotá-la como objeto de estímulo em sala de aula foi uma realização enquanto sujeito pensante, que acredita na aquisição da linguagem como instrumento de conscientização política e ideológica. É pela junção de experimentos, frutos da vivência e da experiência adquirida ao longo de mais de vinte anos em sala de aula, combinada às teorias existentes que tratam do ensino de língua inglesa e da interpretação de textos, que nasce essa proposta para o processo de ensino e aprendizagem de inglês que ora apresento, por acreditar e comprovar em sala de aula que a música é, sem dúvida, importante instrumento para a motivação do aprendizado de línguas e que isso pode ser feito de forma reflexiva, crítica, porque falar em música é convocar a audibilidade e as sinestesias, seus efeitos de sentido estésico, quinésico e patêmico. Nesta comunicação, portanto, penso a música como uma paixão semiótica propiciadora de identificação do alunado, entrando no campo da sensibilidade, nos estados de alma provocados em sujeitos dos mais distintos, dentre eles, os alunos de inglês e utilizando-a como objeto modalizador do processo motivador que trará a leitura do texto em inglês de forma reflexiva e descontraída. |