logo

Programação do 61º seminário do GEL


61º SEMINáRIO DO GEL - 2013
Título: A LATERAL PÓS-VOCÁLICA /L/ NO PORTUGUÊS BRASILEIRO DO SUL DO RS - estudos das variantes presentes na fala do Pelotense
Autor(es): Mrcia Helena Sauia Guimares Rostas. In: SEMINÁRIO DO GEL, 61 , 2013, Programação... São Paulo (SP): GEL, 2013. Acesso em: 08/05/2024
Palavra-chave fonologia,lateral ps-voclica,variao lingustica
Resumo Este estudo vem analisando, a partir da perspectiva fonológica, a realização variável da lateral pós-vocálica /l/ no português brasileiro falado na cidade de Pelotas, localizada na metade sul do Rio Grande do Sul. Pela relativa proximidade da fronteira com o Uruguai, recebe influências sociolinguísticas do país vizinho, cuja língua falada é o “espanhol”. No português brasileiro, a lateral em posição de final de sílaba é realizada de forma variável como /l/ alveolar, /l/ velar ou [w] variante vocalizada (semivogal) (cf. SILVA, 2011, p. 140-141). Além disso, a literatura tem demonstrado que essa variação ocorre em função de condicionantes que podem ser tanto sociais quanto linguísticas. Para Labov (2008[1972], p.19), “a explicação da mudança linguística parece envolver três problemas distintos: a origem das variações linguísticas; a difusão e propagação das mudanças linguísticas; e a regularidade da mudança linguística.” Este norte de investigação apontado pelo autor constitui um dos eixos de nossa pesquisa no que tange à variação. Dessa forma, neste estudo, cujo corpus, em um primeiro momento, foi constituído a partir de um universo amostral de palavras criteriosamente selecionadas verbalizadas por informantes de escola pública de Pelotas. A partir dos dados coletados, observamos a necessidade de mapear a cidade a partir de sua colonização, uma vez que, a influência na fala do informante, mostrou traços de sua ascendência.Destacamos que a cidade possui influência,que vai além do espanhol da região de fronteira,do alemão, do francês, do italiano, do árabe, de linguas africanas dentre outras, a partir de sua colonização. A partir dai selecionamos nformantes, moradores de cada uma das áreas mapeadas e, em nosso estudo, destacamos, principalmente, três motivadores linguísticos para a análise: i) a posição do acento – se a sílaba porta o acento e se este influencia ou não na variação do /l/ (monossílabo, sílaba tônica, pretônica e pós-tônica; ii) a posição da lateral (final de sílaba e concomitantemente em final de palavra, i.e., diante de pausa ou não) ; iii) a qualidade vocálica anterior e/ou posterior (alta, média-alta, média-baixa, baixa) que precede.