logo

Programação do 61º seminário do GEL


61º SEMINáRIO DO GEL - 2013
Título: Nome próprio e identidade em Marechal Cândido Rondon
Autor(es): MRCIA SIPAVICIUS SEIDE. In: SEMINÁRIO DO GEL, 61 , 2013, Programação... São Paulo (SP): GEL, 2013. Acesso em: 23/11/2024
Palavra-chave Onomstica,Antroponomstica,identidade
Resumo Esta comunicação objetiva apresentar resultados iniciais de um projeto de pesquisa em Antroponomástica, ramo da Onomástica que se dedica ao estudo dos nomes próprios de pessoas. Para os fins da pesquisa ora em desenvolvimento, adota-se a definição de nome próprio de Langendonck (2007) para quem todo nome próprio é passível de apresentar significados associativos. Parte-se da hipótese de que, em determinados contextos, do ponto de vista dos usuários, alguns nomes de batismo são associados a uma comunidade determinada, associação que torna esses nomes estabelecedores de relações de identidade social. Para comprovar esta hipótese, está sendo desenvolvida uma pesquisa na região Oeste do Paraná,. A pesquisa foca como membros de famílias pioneiras têm escolhido os nomes de seus filhos ao longo de um período compreendido entre a época dos primeiros nascidos e registrados nos Cartórios Civis da região a partir de 1961 até o ano de 2001. A metodologia de coleta de dados consistiu na recolha, nos Cartórios Civis de cada localidade, de amostragens de certidões de nascimento (os cem primeiros registros) de cada década do período abrangido e registro de dados numa ficha antroponomástica com campos relativos ao portador do nome e os nomes do pai, da mãe e dos avós, quando informados. Feita coleta de dados documentais em cartórios civis de Marechal Cândido Rondon, município no qual duas comunidades se sobresaem: uma formada por descendentes de alemães e outra formada por descendentes de italianos, ambos oriundos do interior do Rio Grande do Sul. Enquanto a análise quantitativa e qualitativa de uma amostragem dos dados coletados indica que nomes, entre os utilizados pelas comunidades, são indicadores de relações identitárias, a Teoria da Relevância (Sperber; Wilson, 2001) ajuda a explicar, de um ponto de vista linguístico, cognitivo e psícológico, o processo pelo qual os nomes próprios, sob determinadas circunstâncias, estabelecem relações identitárias.