Resumo |
O objetivo desta comunicação é apresentar algumas considerações acerca dos estudos teóricos sobre as práticas de leitura no universo da convergência midiática. Visto que, na sociedade contemporânea, com os avanços tecnológicos, em que as informações e os conhecimentos são veiculados por diferentes plataformas midiáticas, que propiciam um processo migratório universalizado de comunicação, praticamente instantâneo, de acordo com a escolha do leitor, deparamo-nos com uma diversidade de textos multissemióticos ou multimodais que envolvem uma multiplicidade de linguagens e, requerem novas práticas de leitura. Neste contexto, o leitor ocupa o ciberespaço com a leitura de hipertextos não somente no ambiente da internet, mas também em outras tecnologias, como por exemplo, celulares e tablets, exigindo novas práticas de leitura no universo da cibercultura, que segundo Levy é um movimento que oferece novas formas de comunicação, consequentemente outras práticas de leitura. É neste universo, que o leitor converge de uma plataforma para outra, no cenário da narrativa transmídia (transmedia storytelling) ou narrativa transmidiática, em que uma mesma história é contada de várias formas e em diversas plataformas midiáticas, mas sem desvincular os objetivos da matriz narrativa (história). A narrativa transmídia propicia ao leitor convergente escolherem as mídias de suas preferências tais como: livro, filme, história em quadrinhos, celular, game, tablets,sites de internet, redes sociais (Facebook, Orkut, MySpace, Twitter,Badoo) e as demais mídias.Portanto, as práticas de leitura contemporâneas requerem multiletramentos, pois já não basta simplesmente o ato de ler somente textos verbais, é preciso também uma proficiência leitora em relação ao um conjunto de signos de outras modalidades de linguagens, que envolvem os hipertextos. A fim de compreender estas novas práticas de leitura, buscamos em nossos estudos reflexões nos pressupostos teóricos sobre a convergência midiática, de Jenkins (2008), sobre os gêneros discursivos bakhtinianos (2011), e os conceitos de multiletramento, especialmente, no trabalho de Rojo (2012). |