Resumo |
A língua vem sendo objeto de estudo desde o século IV a.C., muito embora, tais estudos não fossem voltados para analisar sua sistematização e as transformações que ela sofre ao longo dos tempos. Hoje é de conhecimento amplo que a língua é transformada continuamente pelos falantes e tanto as variações, quanto as mudanças são passíveis de análises e sistematização. Um estágio sincrônico pode abrigar concomitantemente as variações linguísticas, os vocábulos em processo de mudança e consequentemente aqueles em que já foram estabelecidas a mudança propriamente dita. No entanto, alguns desses fenômenos, tais como o processo de mudança e mudança estabilizada passam quase sempre despercebidos pela a maioria dos falantes. Sabe-se também que um estágio sincrônico de uma língua não se constitui a partir dele mesmo, é sempre resultado da evolução fonética, um processo imanente a todas as línguas. Daí a relevância desta pesquisa, uma vez que para o ensino de língua, em qualquer segmento, é fundamental conhecer a história evolutiva dela. Assim, tanto a sincronia, quanto a diacronia são de fundamental importância para se apreender a história da língua que, por sua vez, é essencial para se compreender seu caráter dinâmico e heterogêneo e, sobretudo, para se entender a complexidade da diversidade linguística, que pode ser motivada por diversos fatores extranlinguísticos e linguísticos. Assim, objetiva-se com este trabalho averiguar o estágio de língua em que se encontram as palavras que compõem o corpus desta pesquisa. Para tanto, buscou-se primeiro conhecer a teoria, depois se constituiu o corpus e, subsequentemente, organizou-se a metodologia, pela qual se pretende demonstrar, com dados matemáticos e o respaldo teórico, as palavras que se configurarem como mudança linguística, assim como as que estiverem em processo de mudança e aquelas que apresentarem apenas característica de variação. Além disso, averigua-se- á quais são os fatores linguísticos e extralinguísticos que as motivam; as recorrências dos fenômenos e os tipos de metaplasmos causados por eles. Para execução deste trabalho, buscamos sustentação teórica em: Bagno (2007); Faraco (1998); Lucchesi (2004); Silva neto (1976) Mattos e Silva (2008), sem deixar de considerar postulados de outros teóricos que possam corroborar com as idéias defendidas neste trabalho, do qual se espera uma resposta científica para as hipóteses levantadas.
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