Resumo |
Vivemos em um mundo globalizado onde as informações se espalham rapidamente devido ao desenvolvimento tecnológico que nos permite atravessar fronteiras e conectar com qualquer parte do mundo. O processo de globalização é responsável pela transformação de uma sociedade e pela forma que o sujeito nela interage. Este mundo globalizado trouxe a necessidade de uma língua comum, não somente para a comunicação entre os povos, mas para as negociações entre eles. A língua inglesa assume essa posição de língua comum, também chamada de língua franca, deixando de pertencer ao país cuja língua nativa é o inglês e passa a pertencer ao mundo. O ensino da língua inglesa passa então, a ser visto como uma ferramenta indispensável para que o sujeito se insira e aja nesse mundo globalizado. Essa posição hegemônica da língua inglesa no mundo pode afetar as representações do sujeito-aluno e, consequentemente, interferir em seu processo de aprendizagem. Este trabalho ancorado nos pressupostos da Análise de Discurso de linha francesa tem como objetivo entender e problematizar os efeitos positivos e negativos da globalização no ensino-aprendizagem da língua inglesa na rede regular de ensino. Como material de pesquisa foi utilizado transcrições das falas dos alunos em conversas informais durante algumas aulas ministradas pela própria professora-pesquisadora e também foi elaborado um questionário informal, através do qual os alunos opinavam sobre a língua, sua relevância e seu aprendizado, sem precisarem se identificar. Para realizarmos recortes no corpus discursivo e propormos eixos de análises, atentamos para algumas regularidades enunciativas presentes e que nos permitiram adentrar a problemática levantada neste estudo. Em última instância, este estudo visou a contribuir para um processo de ensino e aprendizagem de língua Inglesa mais significativo, principalmente na Escola Regular Pública, ao promover um maior entendimento de como a globalização afeta as representações e o lugar que a língua inglesa ocupa no imaginário do sujeito-aluno e de que modo essas representações incidem na subjetividade do sujeito-aluno. |