| Resumo |
A Propaganda Institucional é uma publicidade diferente daquela que visa persuadir explicitamente o público alvo, está relacionada com a responsabilidade social de uma organização perante seu público, veicula iniciativas culturais, de adesão às questões pró-meio ambiente, temas relativos ao bem estar dos diversos públicos com os quais se relaciona, demonstrando uma preocupação com o contingente humano do qual depende e pelo qual deseja ser lembrada. O processo argumentativo desse tipo de Relações Públicas tem bases diferenciadas, e estas serão o objeto de nosso estudo neste trabalho de pesquisa analítico. Fundamentados na Argumentação Retórica com o Império Retórico de Perelman em que a argumentação, o orador e o auditório, as premissas da argumentação e as técnicas argumentativas servirão ao nosso propósito de compreender em que ponto a Propaganda Institucional, de fato se difere da publicidade comum. Em Retórica e Comunicação de Cascardi, Hintikka, Meyer, Porchat e Toulmin, as bases da retórica com suas muitas definições como a arte do bem falar, e ainda citando Aristóteles com suas simbologias do ethos, logos e pathos. Sobre tudo, o ethos, relacionando a credibilidade do orador que figura em nosso trabalho como a Propaganda Institucional, será o cerne de nosso processo analítico. Entre as Propagandas Institucionais que nos servirão de corpus está um grande nome da cena médica da cidade de São Paulo, o hospital Alberte Einstein. O Einstein Saúde trás semanalmente na revista Veja uma propaganda institucional de página inteira, com elementos de caráter informativo-preventivo. A cada semana há um tema diferente como, por exemplo: A infecção por HPV e o risco de câncer O poder de argumentação que a Propaganda Institucional exerce, utilizando marcadores argumentativos, conceito de razoabilidade, o discurso que visa ganhar a adesão através de premissas e argumentos universais, afastando-se da petição de princípio e aproximando-se dos lugares do preferível, enfim, serão questões que pesquisaremos profundamente para que cheguemos à conclusões satisfatórias sobre as estratégias retóricas que estão nas entrelinhas de nosso objeto de análise. |
