logo

Programação do 61º seminário do GEL


61º SEMINáRIO DO GEL - 2013
Título: Semiótica narrativa: uma teoria interpretativa?
Autor(es): Aline Aparecida dos Santos. In: SEMINÁRIO DO GEL, 61 , 2013, Programação... São Paulo (SP): GEL, 2013. Acesso em: 23/11/2024
Palavra-chave Semitica narrativa,A. J. Greimas,P. Ricur
Resumo Na década de 1980, o filósofo francês P. Ricœur manteve com A. J. Greimas um longo e produtivo diálogo teórico e fez críticas muito bem formuladas sobre a Semiótica Narrativa greimasiana. Algumas observações levantadas por P. Ricœur acerca da obra de A. J Greimas são retomadas na pesquisa de mestrado “De Propp a Ricœur: origens e impasses da Semiótica Narrativa”, que dá origem ao presente trabalho. A questão de que trataremos neste trabalho refere-se à hipótese que P. Ricœur desenvolveu sobre a Semiótica Narrativa ser uma teoria interpretativa, ou seja, tanto explicativa como compreensiva. Originalmente, A. J. Greimas apresentou a Semiótica Narrativa como um percurso gerativo com dois patamares partindo de uma estrutura elementar abstrata à qual a significação de um discurso seria em última instância redutível. A passagem entre os patamares do percurso é, segundo os princípios greimasianos, feita de maneira lógica. A Semiótica Narrativa caracteriza-se por ser “hipotética-dedutiva” e “gerativa”. A hipótese de P. Ricœur é de que a passagem entre os níveis do percurso gerativo não é puramente lógica, discordando de que a teoria seja puramente explicativa e sugerindo que o modelo seja interpretativo. P. Ricœur pôs em questão o dualismo metodológico da explicação e da compreensão e concluiu que no plano epistemológico não existem dois métodos e que somente a explicação é metódica e a compreensão, por sua vez, desenvolve-se com a explicação. Dessa forma, temos uma ligação dialética, uma relação complexa entre as ciências da natureza (explicativas) e as ciências do homem (compreensivas). Essa relação complexa é que caracterizaria uma teoria interpretativa, segundo P. Ricœur. Neste trabalho, vamos investigar os indícios que P. Ricoeur afirma ter encontrado na Semiótica Narrativa que a caracterizariam como uma teoria interpretativa, bem como os argumentos utilizados por A. J. Greimas para rebater essa afirmação. Sem a pretensão de dar a última palavra sobe o dilema proposto, buscamos compreender a racionalidade que subjaz às concepções narrativas de P. Ricœur e de A. J. Greimas. (Apoio: CAPES)