62º SEMINáRIO DO GEL - 2014 | |
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Título: | Hipo e hipersegmentações produzidas por escreventes dos anos finais do ensino fundamental |
Autor(es): | Fabiana Cristina Paranhos. In: SEMINÁRIO DO GEL, 62 , 2014, Programação... São Paulo (SP): GEL, 2014. Acesso em: 23/11/2024 |
Palavra-chave | prosódica, prosódica, convenções ortográficas |
Resumo |
Nesta apresentação, tratamos das chamadas hipossegmentações e hipersegmentações de palavras, que se caracterizam pela ausência/presença de espaço em branco dentro dos limites de palavra, como “denovo”, e, “de pois”. Entretanto, ao observamos dados de alunos de 5ª (quinta) a 8ª (oitava) série, encontramos dois tipos de dados que não são problematizados na literatura sobre as segmentações não convencionais de palavras, e que defendemos ser relevante considerarmos em nossa análise, a saber: dados que envolvem homonímias, como “agente” (“a gente”), e dados que envolvem a colocação não convencional do hífen, como “aparese-se” (“aparecesse”). Diante deste quadro, nesta apresentação, temos como objetivo apresentar os resultados de uma pesquisa de mestrado que busca analisar a escrita de sete sujeitos, observados ao longo dos quatro anos do EF II, de modo a verificar a trajetória desses alunos em direção (ou não) à palavra escrita convencional. Os textos a partir dos quais extraímos as ocorrências de segmentação não-convencional de palavras pertencem ao Banco de Dados de Escrita do Ensino Fundamental II, da UNESP/SJRP. As ocorrências de segmentação não-convencional de palavras foram analisadas tendo como pressuposto teórico uma concepção de escrita como sendo constituída de modo heterogêneo (CORRÊA, 2004). Partimos da hipótese de que as segmentações não-convencionais de palavras podem ser vistas como evidências do modo como o escrevente projeta características dos enunciados falados nos enunciados escritos e como características dos enunciados escritos também levam à segmentação não-convencional de palavra. Para a análise prosódica dos dados, neste trabalho, tomamos por base a teoria de Nespor & Vogel (1986), sobre os domínios prosódicos, e assumimos a proposta de Bisol(2000, 2005), a favor da importância, para caracterizar a prosódia do Português do Brasil, da distinção entre os constituintes prosódicos palavra fonológica e grupo clítico. Pretendemos, com essa pesquisa, contribuir com as reflexões sobre as possíveis relações entre os enunciados falados e escritos. (Apoio: FAPESP – Processo 2012/10030-1) |