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Programação do 62º seminário do GEL


62º SEMINáRIO DO GEL - 2014
Título: A sororidade no ciberespaço: laços feministas em militância
Autor(es): Dantielli Assumpção Garcia. In: SEMINÁRIO DO GEL, 62 , 2014, Programação... São Paulo (SP): GEL, 2014. Acesso em: 21/11/2024
Palavra-chave sororidade, sororidade, mulher
Resumo

Neste trabalho, filiados à Análise de Discurso francesa (Pêcheux, 1997), analisaremos um post publicado inicialmente na página do Facebook Lovelove6 e que passa a circular também na página do Facebook da Marcha das Vadias de Campinas. Esse post divulga um zine, produzido pela Marcha das Vadias de Campinas, o qual busca levar a mulher, militante ou não, a refletir sobre sua posição na sociedade contemporânea, sobre as formas de violência contra o feminino e sobre as relações que as mulheres estabelecem umas com as outras. Ao divulgar na rede o zine Reajá, relações de alianças entre diferentes grupos feministas são estabelecidas. Partindo da noção de sororidade como “aliança feminista entre mulheres”, “dimensão ética, política e prática do feminismo contemporâneo”, pretendemos refletir como os laços feministas constituem-se na rede e convidam as mulheres a militarem, seja no ciberespaço ou no espaço urbano, pelas causas femininas/feministas. Ao analisarmos o zine, buscaremos mostrar como se constitui um discurso da instrução, o qual busca ensinar as mulheres a se reconhecerem como mulheres, a reconhecerem um possível homem violento, a desconstruírem a desigualdade entre homens e mulheres, a se libertarem e se empoderarem na sociedade. Nessa análise, pretendemos perceber como o sujeito feminino, em suas experiências de sororidade, constrói sua imagem, que dizeres ele assume/milita no ciberespaço, que interditos busca divulgar na rede e fazer circular na sociedade. Portanto, na análise, explicitaremos como, ao trazer para a discussão temas polêmicos, os movimentos feministas que circulam e militam na rede buscam romper com sentidos estabilizados sobre as relações entre homens e mulheres na sociedade patriarcal. Assim, o ciberespaço permite a militância, permite a discussão de temas que afetam o funcionamento urbano. Na rede, confrontos surgem na tentativa de fundar outros discursos à sociedade, outras formas de relações entre os sujeitos que não seja sustentada por um discurso patriarcal, misógino (apoio FAPESP, proc. nº2013/16006-8).