62º SEMINáRIO DO GEL - 2014 | |
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Título: | O preconceito linguístico no ciberespaço: os agentes, as especificidades e as implicaturas do locus na produção da mensagem |
Autor(es): | Débora Aparecida Furieri Matos, Edenize Ponzo Peres. In: SEMINÁRIO DO GEL, 62 , 2014, Programação... São Paulo (SP): GEL, 2014. Acesso em: 21/11/2024 |
Palavra-chave | Preconceito linguístico, Preconceito linguístico, Ciberespaço |
Resumo |
O ciberespaço, fruto das novas mídias, reproduz a síntese do humano e (re)configura relações sociais, que assumem complexidades próprias em função do espaço em que se realizam. Objetivando investigar o preconceito linguístico no espaço virtual, pormenorizando sua constituição, sua difusão e seus agentes, assumimos como locus o ciberespaço, representado por duas redes sociais, Orkut (www.orkut.com) e Twitter (www.twitter.com), e descobrimos a problemática de um preconceito que se manifesta e, em relação de anuência, faz articular uma gama ampla de indivíduos que produzem manifestações de preconceito linguístico. Para o cumprimento de nossa proposta de análise, reunimos um elenco de 158 agentes da discriminação linguística, dos quais depreendemos quatro fatores de análise, a saber: gênero/sexo, faixa etária, nível de escolaridade e incidência de desvios linguísticos. Faz parte também de nosso estudo o conteúdo das manifestações discriminatórias. Aferindo a complexidade e a multiplicidade de processos que constituem o preconceito linguístico no espaço virtual e seus sujeitos, evidencia-se a dimensão que assume a postura discriminatória quando suas manifestações são reproduzidas no ciberespaço, que, pensado para a democracia, revela-se reduto também de processos segregacionistas, que vitimam sujeitos que, devido ao uso supostamente errado que fazem da língua portuguesa, são subjugados e repudiados, formando uma nova massa de indivíduos, que denominamos, em nosso trabalho, de excluídos sócio-digitais. Amparados em teorias da comunicação como as de McLuhan (1969) e Lévy (1996; 1999) e em trabalhos linguísticos e sociolinguísticos como os de Gnerre (1991), Bortoni-Ricardo (2004), Pagotto (2004), Scherre (2005) e Mollica (2007), caracterizamos o ciberespaço e explanamos o preconceito linguístico nele encontrado, por meio de registros de imagens do conteúdo visualizado na tela do computador (print screens) e de transcrições ipsis litteris do material escrito que consta deles. Descrevem-se também as implicaturas do locus na produção da mensagem que nosso elenco de agentes do preconceito linguístico produz e veicula. |