62º SEMINáRIO DO GEL - 2014 | |
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Título: | Contribuições de teorias de vertente marxista para os estudos da linguagem |
Autor(es): | Ana Zandwais. In: SEMINÁRIO DO GEL, 62 , 2014, Programação... São Paulo (SP): GEL, 2014. Acesso em: 21/11/2024 |
Palavra-chave | Semiótica de Vertente Russa, Semiótica de Vertente Russa, Positivismo |
Resumo |
Este estudo, desenvolvido no Programa de Pós-Graduação em Letras da UFRGS, propõe uma reflexão acerca das contribuições de duas teorias fundamentais que tiveram grande influência para intervir nos percursos da Filosofia da Linguagem e dos estudos discursivos: a) as contribuições da Semiótica de vertente russa, representada pelo desenvolvimento de concepções filosóficas não-positivistas de linguagem e de significação, tais como a noção de signo ideológico, as noções de infra estrutura e de superestrutura, que colocam em jogo as correlações de força sociais, bem como a noção de função responsiva que vem a caracterizar a condição dialética de alteridade do sujeito no discurso; b) as contribuições da Análise do Discurso de linha francesa, que busca investigar seu objeto como um processo constituído a partir de determinadas condições de produção e alicerçado em diferentes materialidades, tais como a materialidade histórica, fundamental para a compreensão dos sentidos como efeitos de determinações causais, a materialidade dialética, que trata das relações de contradição presentes no funcionamento do discurso e a base linguística, que dá suporte à matéria significante e engendra nas formulações dos enunciados os elementos que vem a caracterizar as posições contraditórias que os sujeitos assumem no interior das formações discursivas que os representam. Para fins específicos de realização deste estudo, buscaremos caracterizar sob que modalidades as duas teorias apresentam determinados pontos de convergência entre si, na medida em que estabelecem diálogos com fundamentos da filosofia marxista, com vistas a construir seus dispositivos conceituais e analíticos. Por fim, tentaremos identificar, de forma global, como o espaço do político articula a Semiótica de vertente russa e a Análise do Discurso, na medida em que ambas inscrevem em seu interior, durante os anos 1920-1930, e ao longo das décadas de 1960 e 1970, respectivamente, contrapontos que buscam romper com os paradigmas positivistas que dominaram a Ciência da Linguagem nos contextos do ‘Leste’ e do ‘Oeste’ europeus durante estas décadas. |