logo

Programação do 62º seminário do GEL


62º SEMINáRIO DO GEL - 2014
Título: Espaço urbano e a circulação dos sentidos
Autor(es): Célia Bassuma Fernandes. In: SEMINÁRIO DO GEL, 62 , 2014, Programação... São Paulo (SP): GEL, 2014. Acesso em: 26/07/2024
Palavra-chave discurso, discurso, sentido
Resumo

No campo da sociologia e das ciências sociais em geral, a cidade pode ser definida como um aglomerado relativamente denso de indivíduos socialmente heterogêneos. Contudo, pela perspectiva da Análise de Discurso, teoria materialista do discurso, as noções de indivíduo/sociedade são deslocadas para sujeito/acontecimentos discursivos produzidos no espaço significante (cidade), em que (con-)vivem sujeitos afetados pela ideologia e atravessados pelo inconsciente, significando-se e significando o espaço urbano pela língua, na história. Tomar o espaço urbano como objeto de estudo por esse viés implica então, analisar os discursos em funcionamento na cidade, em diferentes materialidades, a partir dos sujeitos que nela habitam, pois conforme Orlandi (2004), o sujeito e a cidade estão inevitavelmente imbricados, constituindo e dando corporeidade um ao outro, ou seja, sujeito e sentidos funcionam e se constituem numa via de mão dupla. Diante da abrangência das materialidades discursivas que circulam no espaço urbano e fazem com que ele possa ser tomado como objeto de estudo, o presente simpósio objetiva reunir trabalhos e pesquisas que abarquem discussões em torno da língua em funcionamento, das instituições urbanas e dos efeitos de sentidos constituídos pela reprodução e pela transformação, decorrentes da ideologia, das designações em relação à divisão de classe na formação social, do lugar e do funcionamento da mídia, buscando os efeitos de sentido que se constituem a partir dessas distintas materialidades, dentre elas, a mídia, a literatura, os documentários, dentre outras. A filiação teórica que reúne todas essas materialidades, conforme já salientado, é a da Análise de Discurso, disciplina de entremeio, que questiona e coloca em suspenso a leitura, possibilitando tomar o espaço urbano como objeto de estudo e enfocar questões advindas de outros lugares, as quais são deslocadas e funcionam a partir de sujeitos, sempre inscritos em formações discursivas e, em função disso, determinados por lugares, espaços e instituições, a partir das quais praticam a interpretação.