62º SEMINáRIO DO GEL - 2014 | |
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Título: | Orações paratáticas justapostas e seu estatuto construcional |
Autor(es): | Milena de Brito Mello. In: SEMINÁRIO DO GEL, 62 , 2014, Programação... São Paulo (SP): GEL, 2014. Acesso em: 21/11/2024 |
Palavra-chave | parataxe, parataxe, relação lógico-semântica |
Resumo |
O presente trabalho tem como primeiro objetivo caracterizar a parataxe por justaposição, em termos do pareamento entre forma e significado, tendo em vista o modelo de modificação de orações de Halliday (1985) e propostas recentes de cunho textual, tais como Renkema (2004), Taboada (2009), La Fauci (2010), além dos volumes editados por Béguelin, Avanzi e Corminboeuf (2010). Segundo Taboada (2009), a omissão do juntor não significa relação implícita, já que os próprios constituintes oracionais evidenciam pistas que indiciam o sentido da construção. Logo, a descrição e a história da parataxe requerem a consideração conjunta de informações de diferentes níveis de análise, de ordem morfossintática, semântica e pragmática, já que a presença dos juntores, frequentemente utilizada como critério de distinção e classificação, é apenas uma face da construção. Nesse sentido, nosso segundo objetivo é analisar o estatuto construcional das composições paratáticas com o intuito de reconhecer, nos modos paratáticos de composição, os correlatos formais que estão aliados aos mecanismos interpretativos colocados em jogo quando não há juntor explícito e que permitem identificar a justaposição como estrutura mais integrada, uma vez que cada oração da construção justaposta pode ser interpretada como o componente único de um único evento (PAIVA; BRAGA, 2010). O reconhecimento e a sistematização das pistas que sustentam as relações de sentido na ausência do juntor foram realizados mediante a análise de enunciados extraídos de seis tradições discursivas (narração, crônica, teatro, colóquio, sermão e diálogos), produzidas em sincronias pretéritas do português (séculos XVI e XVII). Para esta apresentação, priorizamos as relações lógico-semânticas que codificam causa e contraste, relações estas que mobilizam esquemas e expectativas de representação do mundo. Quanto à metodologia de análise, o levantamento das construções paratáticas justapostas foi subsidiado pela apuração das frequências token e type, nos moldes de Bybee (2003). A frequência token, diz respeito à frequência textual da construção em questão e a frequência type diz respeito à frequência com que um padrão paratático particular ocorre. Apoio: CAPES |