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Programação do 62º seminário do GEL


62º SEMINáRIO DO GEL - 2014
Título: Saber falar, saber dizer: um momento privilegiado nas construções argumentativas
Autor(es): Terezinha de Jesus Costa. In: SEMINÁRIO DO GEL, 62 , 2014, Programação... São Paulo (SP): GEL, 2014. Acesso em: 03/12/2024
Palavra-chave argumentos, argumentos, representações
Resumo

O presente trabalho se propõe a abordar aspectos no domínio do brinquedo simbólico e da teoria da mente, bem como a relação mútua e intercambiável que se pode estabelecer entre ambos no e para o desempenho das construções argumentativas. De acordo com Fein (1979), o jogo simbólico é frequente na faixa etária entre dois e seis anos, e parece vir principalmente de dentro da criança. A criança, no jogo, evoca a imaginação e o pensamento criativo, que lhe possibilita a criação de metáforas, argumentos, justificações, paradoxos verbais, permitindo lhe igualmente caracterizar o seu universo social. As crianças pequenas, em suas brincadeiras, nos oferecem muitas pistas de que compreendem que certas entidades podem representar objetos reais, na medida em que tratam os brinquedos como se fossem seus referentes reais, atribuindo-lhes estados mentais que as levam a chorar, dormir. Assim, para elas, as bonecas estão tristes, cansadas, felizes e famintas. Nestes termos, estamos postulando que o faz de conta pode envolver também um entendimento precoce de que as pessoas possuem representações mentais da realidade e, também, pode ser considerado um precursor para o entendimento da natureza da mente. Como sugere Flavell (1999:71), “o faz de conta pode auxiliar no desenvolvimento social e sociocognitivo, bem como no crescimento no sentido amplo. (...) pode ser um precursor para o entendimento da mente (...)”. Além disso, postulamos também que as condutas comunicativas têm papel de destaque no momento das brincadeiras, na medida em que articula e concretiza o pensamento. Neste sentido, as restrições que prevaleçam, ou se estabeleçam, com respeito à linguagem e ao brincar, elas poderão afetar segmentos da educação formal e da vida cotidiana. Dentro deste contexto, o esperado é que as práticas educativas levem em conta, no processo de aprendizagem, a maneira como a criança elabora seus conhecimentos. Com este propósito, e no quadro de uma abordagem funcional e interacional, pretendemos destacar alguns eventos da fala da criança que corroboram o seu desempenho argumentativo em abordagem lúdica.