62º SEMINáRIO DO GEL - 2014 | |
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Título: | Linguagem e cidades: dispersão de sentidos |
Autor(es): | THAÍS HARUMI MANFRÉ YADO. In: SEMINÁRIO DO GEL, 62 , 2014, Programação... São Paulo (SP): GEL, 2014. Acesso em: 21/11/2024 |
Palavra-chave | Discurso, Discurso, Cidade |
Resumo |
O presente trabalho, tem como foco principal analisar a materialidade presente nas cidades - centros urbanos como uma materialidade discursiva, nos disponibilizando uma gama de sentidos. E é a partir dessa dimensão social, política e urbana, que os efeitos de sentidos presentes no simbólico e no político vão estabelecerem uma articulação para a produção de sentidos. Pretendemos então, observar esse movimento presente nesses espaços, espaços esses onde os sujeitos se inscrevem e determinam esse espaço como possibilidades de registros de memória, subjetividades e de história, proporcionando a textualização desse lugar por meio de simbologias e corporalidades da linguagem. Nesse gesto de leitura sobre/da cidade que nos debruçaremos para ver o movimento desses espaços inter-identitários, em que o sujeito se encontra inserido e produz sentidos nesse meio estruturado e particular. E são nas materialidades dispersas e nas relações que construímos e compreendemos os sentidos presentes, a partir desse ponto de vista, nos atentaremos especialmente para as materialidades presentes em manifestações artísticas que se encontram dispersas pelas cidades. Para as análises, partimos dispositivo teórico da Análise do Discurso (AD) de matriz francesa, pela perspectiva apresentada pelo teórico Michel Pêcheux no final da década de 1960 na França. Tal teoria não visa compreender o que a linguagem quer dizer, mas sim como o funcionamento da linguagem acontece, trabalhando a língua como uma materialidade opaca, e essa opacidade que intervém nas relações políticas e ideológicas, ou seja, a língua se inscreve na história para que ela signifique. A partir daí tem-se o movimento da relação entre língua - sujeito - história, por meio da interação desses três elementos é possível a observação pela linguagem. Selecionamos materialidades presentes na cidade do Rio de Janeiro para observar a linguagem em movimento, com discursos inseridos e dispersos pelos muros da cidade, propomos ver essa questão urbana como materialidades de significações. (FAPESP - Processo 2013/00963-3) |