62º SEMINáRIO DO GEL - 2014 | |
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Título: | A fala do professor nas aulas de inglês como língua estrangeira para crianças: o papel da língua materna |
Autor(es): | Camila Sthéfanie Colombo. In: SEMINÁRIO DO GEL, 62 , 2014, Programação... São Paulo (SP): GEL, 2014. Acesso em: 23/11/2024 |
Palavra-chave | Fala facilitadora, Fala facilitadora, Língua estrangeira para crianças |
Resumo |
A fala do professor e, por extensão, o discurso de sala de aula, segundo Consolo (1996), são marcados por escolhas de estruturas linguísticas e por padrões de interação discursiva específicos que diferem de preferências produzidas em conversações “naturais”. Isso ocorre porque, de acordo com Coulthard (1977 apud CONSOLO, op. cit.) e Cazden (1988 apud CONSOLO, op. cit.), o maior propósito da atividade comunicativa em situação de sala de aula se configura em instruir, informar, explicar, descrever e revisar, configurando-se essa fala tanto em conteúdo de ensino – e, consequentemente, modelo linguístico –, quanto, eventualmente, em meio de comunicação (WILLIS, 1987 apud CONSOLO, op. cit.). Dentre os aspectos que constituem de modo singular a fala do professor, encontram-se estratégias que favorecem a compreensão do insumo oferecido e que facilitam a participação do aprendiz nas interações em sala de aula (CONSOLO, op. cit.). Uma das estratégias mais comuns diz respeito ao emprego da língua materna com finalidade pedagógica (metalinguística, facilitadora), psicológica (motivação e confiança) e/ou a prática (otimização) (CUNHA; MANESCHY, 2011). Este trabalho tem por objetivo apresentar uma análise da fala do professor de inglês como língua estrangeira, mais especificamente da presença da língua materna nessa fala, em aulas voltadas ao público infantil. Para tanto, são analisadas transcrições de um total 18 aulas gravadas em áudio em contexto de uma escola de idiomas e de duas escolas regulares, uma pública e uma privada, sendo seis aulas exemplificativas de cada estabelecimento de ensino. Com base nos referidos dados, percebeu-se que o emprego de língua portuguesa poderia ser categorizado de acordo com as finalidades propostas por Cunha e Maneschy (op. cit.). Os resultados sugeriram, ainda, que a LM se fazia presente em parte integrante das falas docentes, inclusive no que dizia respeito à fala pedagógica, mais especificamente – contrariando, assim, as sugestões de Consolo (1990, 2000, 2004, 2006) e Secatto (2010), de acordo com as quais a interação com os alunos na língua estrangeira permitiria ao docente funcionar como modelo e motivador de interações significativas na língua-alvo, oportunizando, possivelmente, maior quantidade de insumo oral e possibilitando, assim, o estabelecimento de uso de língua significativo, contribuindo, assim, para o favorecimento de aquisição. |