62º SEMINáRIO DO GEL - 2014 | |
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Título: | Forma de vida feminina em Você S/A: um estudo sobre o percurso de empoderamento do ator mulher executiva contemporânea |
Autor(es): | Raíssa Medici de Oliveira. In: SEMINÁRIO DO GEL, 62 , 2014, Programação... São Paulo (SP): GEL, 2014. Acesso em: 21/11/2024 |
Palavra-chave | forma de vida, forma de vida, VOCÊ S/A |
Resumo |
Sabe-se que a semiótica tomou novos rumos ao passar a se preocupar com uma dimensão mais sensível do sentido e a explorar universos discursivos mais amplos, como bem ilustram os trabalhos apresentados no volume 13 da revista canadense Recherches Sémiotiques. Semiotic Inquiry, organizado por Jacques Fontanille e lançado no final do ano de 1993, como resultado dos trabalhos do último Seminário de Semântica Geral de Algirdas Julien Greimas na École des Hautes Études em Sciences Sociales (EHESS). Dedicado ao estudo das “Formas de vida”, o volume revela a semiótica, então concebida como uma teoria do texto, como capaz de contribuir para o estudo das culturas: “[...] o estudo das ‘formas de vida’ poderia contribuir, por um lado, à tipologia dos discursos, por outro, à semiótica das culturas” (GREIMAS, 1993, p. 33). Nesse sentido, buscar compreender como a forma de vida da mulher executiva contemporânea é presentificada na revista VOCÊ S/A e, mais do que isso, buscar compreender como o enunciador do periódico constrói essa figura feminina (e a forma de vida que se atribui a ela) relacionando-a a figura poder, é acreditar que a semiótica pode, sim, dar sua contribuição ao estudo da modelagem das identidades coletivas. Assim sendo, por meio da investigação do modo de construção verbo-visual de quatro textos veiculados no periódico sob os títulos “Mulheres no poder” (edição n. 47, maio de 2002), “Garotas superpoderosas” (edição n. 130, abril de 2009), “Rainhas da Ambev” (edição n. 152, fevereiro de 2011) e “De salto na plataforma” (edição n. 160, outubro de 2011), propomos reconstruir o percurso de empoderamento do ator mulher executiva contemporânea, apontando, nesse percurso, os elementos que definem esse poder no feminino e direcionam – ou não – a uma maior ou menor padronização da figura feminina pela figura masculina ao longo do decênio em pauta (APOIO: FAPESP). |