62º SEMINáRIO DO GEL - 2014 | |
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Título: | Semiótica da emancipação: um olhar sobre jovens de São Paulo |
Autor(es): | Daniel Carmona Leite. In: SEMINÁRIO DO GEL, 62 , 2014, Programação... São Paulo (SP): GEL, 2014. Acesso em: 21/11/2024 |
Palavra-chave | emancipação, emancipação, narratividade |
Resumo |
A emancipação de jovens é um tema que vem ganhando importância especial a partir da ascensão das discussões a respeito de juventude, participação e empreendedorismo para o desenvolvimento social e cultural nos âmbitos brasileiro e global. Como uma ciência que se ocupa do processo de significação das diversas manifestações de linguagem humanas, a Semiótica de linha francesa se faz pertinente ao estudo desse fenômeno. Seu aparato teórico, cuja análise pode explorar desde a articulação profunda de sentido doe um texto até seus traços de sentido mais superficiais (passando também pelos seus aspectos tensivos), pode fornecer maior clareza à compreensão do tema acima mencionado. O mais recente relatório da Organização das Nações Unidas sobre o Estado das Cidades da América Latina e do Caribe (2012) aponta para a necessidade de se olhar mais detidamente às populações urbanas, uma vez que estas se encontram ainda com altos índices de pobreza, desigualdade de renda e informalidade trabalhista (esta última concentrada sobre os jovens e mulheres). A partir desta informação, a presente comunicação (que é parte das reflexões de uma dissertação de Mestrado mais ampla) traz luz à problemática da emancipação como fenômeno semiótico, valendo-se de entrevistas realizadas com jovens habitantes da cidade de São Paulo. O tema dos relatos se dirige à exploração das temáticas da autonomia e da independência dos indivíduos, diante das instituições familiares, religiosas, sociais e políticas que lhes cercam. Assim, a nossa abordagem busca investigar, inicialmente, a maneira com que os destinadores (actantes narrativos responsáveis por levar o sujeito narrativo a realizar alguma ação) se instalam no discurso, em especial quanto aos programas narrativos de aquisição de competências ligadas ao eixo da soberania (poder-fazer e poder não fazer). Isto inclui examinar as valências tensivas e fóricas às que tais actantes se associam nos textos em questão. Também estaremos atentos à concomitância (acúmulo de papéis temáticos) ou não-concomitância que os atores discursivos (os “personagens” da história, mais investidos semanticamente do que os actantes do plano narrativo) venham a ter em função dos seus papeis actanciais. Apoio: CNPq 134860/2013-6 |