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Programação do 62º seminário do GEL


62º SEMINáRIO DO GEL - 2014
Título: A concordância nominal de número por alagoanos em São Paulo
Autor(es): FERNANDO GOMES DA SILVA. In: SEMINÁRIO DO GEL, 62 , 2014, Programação... São Paulo (SP): GEL, 2014. Acesso em: 21/11/2024
Palavra-chave Concordância Nominal, Concordância Nominal, Grupos de falas
Resumo

Este trabalho analisa de acordo com as premissas teóricas e metodológicas da Sociolinguística Variacionista, como se dá a concordância nominal de número na fala de alagoanos estabelecidos na cidade de São Paulo, em comparação com a fala de paulistanos. A análise multivariada com o Goldvarb X (Cf. Sankoff; Tagliamonte; Smith, 2005) é feita com as ocorrências de sintagmas nominais compostos de dois elementos, como “as pessoa-s/ø”, mas apresenta-se também a distribuição geral de dados para SNs de três ou mais elementos (“as casa-s/ø nova-s/ø”) bem como estruturas predicativas do tipo “todos eles foram mandado-s/ø embora”. O objetivo principal é verificar quais são os fatores linguísticos e sociais que concorrem para a realização ou não da concordância nominal nesses dois subgrupos de falantes na cidade de São Paulo. Os dados foram extraídos de 24 entrevistas sociolinguísticas com paulistanos nativos e 24 com alagoanos que vivem na cidade. Ambas subamostras são definidas pelas mesmas variáveis sociais: sexo/gênero (masculino e feminino), faixas etária (20 a 34, 35 a 59 e 60 anos ou mais) e escolaridade (Ensino Fundamental, Ensino Médio e Ensino Superior). Os resultados preliminares indicam que a taxa de não realização de concordância entre alagoanos (24%) e paulistanos (23%) é praticamente a mesma. Em ambas as comunidades, as mulheres são as mais sensíveis à variante de prestígio; no entanto, as mulheres alagoanas apresentam percentual maior de não concordância (23%) do que as paulistanas (17%). O grupo faixa etária não indica mudança em progresso, uma vez que, em ambos os subgrupos, a segunda faixa etária é a que mais frequentemente emprega a concordância. Já para escolaridade, a frequência de não realização da concordância é maior entre os menos escolarizados em ambas as comunidades, mas é um pouco maior entre paulistanos (41%) do que entre alagoanos (37%). As distribuições de dados para paulistanos e alagoanos são muito próximos. As distinções entre eles não se devem, portanto, nem à sua naturalidade nem aos fatores sociais em relação à marcação do plural nos SNs. Análises subsequentes deverão possibilitar verificar se os contextos linguísticos que se correlacionam à não realização de concordância nominal também se assemelham para paulistanos e alagoanos.