62º SEMINáRIO DO GEL - 2014 | |
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Título: | Fotografias do rosto de Dilma Rousseff na mídia |
Autor(es): | Sidnay Fernandes dos Santos. In: SEMINÁRIO DO GEL, 62 , 2014, Programação... São Paulo (SP): GEL, 2014. Acesso em: 21/11/2024 |
Palavra-chave | Análise de Discurso, Análise de Discurso, Dilma Rousseff |
Resumo |
Nesta comunicação propomos uma discussão acerca da leitura discursiva de imagens fotográficas na mídia jornalística. Selecionamos em suportes midiáticos diversos - revistas, jornais, blogs - imagens do rosto de Dilma Rousseff que circularam desde as primeiras narrativas que tratam da possível candidatura da ministra chefe da Casa Civil à Presidência da República – ano de 2008 - até sua atuação como presidente – ano de 2012. Nossa proposta objetiva analisar os modos como os sentidos são formulados e dados a circular, considerando as possibilidades de destacamento de determinadas fotografias. Nessa perspectiva, observamos a prática discursiva de instituições, repórteres de imagem e jornalistas que constroem sentidos inscrevendo-se em um dado percurso interpretativo. Observamos também a relação entre texto imagético e texto verbal, tendo em vista a (re)utilização de fotografias, títulos e legendas. Temos como base teórico-metodológica a Análise de Discurso de orientação francesa com foco nos trabalhos de Dominique Maingueneau (1984; 2008; 2010). Utilizamos ainda como aporte teórico a obra História do rosto: exprimir e calar as suas emoções (do século XVI ao início do século XIX) da autoria de Courtine e Haroche (1988) e publicações de teóricos que abordam a temática da fotografia e do fotojornalismo: Barthes (1984), Buitoni (2011), Dubois (2011), Flusser (2011), Kossoy (2007; 2009), Sontag (2004). Alicerçados na máxima “o rosto fala”, proposta por Courtine e Haroche (1988), articulamos essa abordagem antropológica a conceitos da Análise de Discurso e observamos as emoções expressas por A fotografias do rosto de Dilma Rousseff publicadas nas páginas do jornalismo. A partir da noção de destacamento, postulada por Maingueneau, amparamos nossa leitura no processo de destextualização de fotografias e dos sentidos que são atribuídos a esses textos destextualizados (ou citados) em novas narrativas jornalísticas. O linguista francês diz que o discurso tem espaços delimitados e, em contrapartida, espaços abertos e instáveis que são os espaços de circulação. Percebemos, pois, que, nesses espaços, as práticas de (re)tomada de textos fotográficos funcionam no interior de rotas interpretativas diversas engendradas pelos enunciadores. |