logo

Programação do 62º seminário do GEL


62º SEMINáRIO DO GEL - 2014
Título: A perspectiva etnográfica somada à pesquisa linguística para a investigação sobre letramentos acadêmicos
Autor(es): Eliane A. PASQUOTTE-VIEIRA. In: SEMINÁRIO DO GEL, 62 , 2014, Programação... São Paulo (SP): GEL, 2014. Acesso em: 21/11/2024
Palavra-chave escrita acadêmica, escrita acadêmica, etnografia linguística
Resumo

Nesta comunicação, busco apresentar parte de minha pesquisa de doutoramento em Linguística Aplicada sobre letramentos acadêmicos, cuja perspectiva etnográfico-linguística (LILLIS, 2008; CREESE, 2008; RAMPTON et al, 2004) fundamentou a metodologia de coleta de dados e a abordagem teórico-analítica sobre as relações entre dados diversificados, provenientes da universidade onde a investigação foi realizada. Esta é uma investigação linguística cujo enquadramento teórico-metodológico se soma à abordagem etnográfica dos estudos dos letramentos acadêmicos (LEA, 1999; LEA & STREET, 2006 e 1998; LILLIS, 2003, 2001 e 1999; SCOTT, M. & LILLIS, 2008; STREET, 2010 e 2009) para investigar dados referentes à qualificação da dissertação de mestrado de alguns alunos de uma universidade pública do interior do estado de São Paulo e regularmente matriculados em um curso de Ciências da Terra. Baseando-se em Lillis (2008), Creese (2008) e Rampton et al (2004), esta apresentação se propõe a argumentar a favor de uma metodologia de seleção e análise dos dados que (i) por um lado, privilegia um viés etnográfico-linguístico para a constituição do corpus de análise e relação entre os dados segundo o que Lillis (2008) tem entendido como dados que “estão ao redor do texto”, ou seja, aquilo que pode ser focalizado para além do texto e que pode ser visto como “história do texto”; (ii) por outro, se baseia no Paradigma Indiciário de Ginzburg (GINZBURG, 1989; ABAURRE, MAYRINK-SABINSON & FIAD, 2003) ao trazer para a análise detalhes, indícios, marcas de dados aparentemente negligenciáveis; e (iii) por fim, se fundamenta na teoria enunciativa bakhtiniana (BAKHTIN, 2003 [1952-53]) como ponto de partida para a perspectiva que incide sobre os sujeitos e a linguagem. A proposta é contextualizar o material linguístico em meio a outros elementos do contexto em que os dados se inserem e dar voz aos sujeitos envolvidos nesta pesquisa para encontrar — posto que etnografia é ruído — alguns “ruídos” ao redor do texto.