62º SEMINáRIO DO GEL - 2014 | |
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Título: | Sujeito e conhecimento: mão única |
Autor(es): | Rafael Barreto do Prado. In: SEMINÁRIO DO GEL, 62 , 2014, Programação... São Paulo (SP): GEL, 2014. Acesso em: 21/11/2024 |
Palavra-chave | produção e circulação de conhecimento, produção e circulação de conhecimento, literatura brasileira |
Resumo |
Nosso objetivo nesta comunicação é apresentar as primeiras análises empreendidas em nosso projeto de doutorado. Neste, estamos examinando obras literárias finalistas / vencedoras de dois prêmios no período de 2003 a 2011: Prêmios Jabuti e Telecom. Pretendemos depreender de tais textos imagens de língua que se formam durante a narrativa, seja do ponto de vista no narrador ou das personagens. Nossa leitura procura se apoiar nas propostas de Michel Pêcheux, no sentido de determinar procedimentos para análise quanto às formações imaginárias, considerando por isso os lugares sociais, políticos e institucionais ocupados pelos interlocutores internos ao texto e pela própria obra literária. Contudo temos procurando trabalhar também com a relação entre Literatura e Sociedade, marcando assim nossa forma de entender o lugar da arte. A conjunção dos dois referenciais citados nos parece coerentes por se tocarem em relação às condições materiais e históricas da produção linguística, por exemplo. Para esta comunicação selecionamos dois livros: “Passageiro do fim do dia”, Rubens Figueiredo (2010) e “Os espiões”, Luis Fernando Veríssimo (2009); o primeiro venceu o Prêmio Telecom em 2011 e foi finalista do Jabuti, já o segundo foi finalista do Jabuti em 2010. Em relação ao “Passageiro...”, nossa análise aponta para uma oposição entre uma “língua de duas mãos”, de “via dupla”, sendo uma contramão da outra. Entretanto, ao serem colocadas ali em movimento se apresentam com forças desiguais, uma em “primeira mão” e a outra em “segunda mão”, como as condições de vida do protagonista, Em relação a “Os espiões”, tem-se a imagem de língua normativa, regular e reguladora, que, no entanto, não impede o narrador-protagonista de se envolver em uma narrativa por vezes fora da regra escrita e de se confundir em relação ao limiar da ficção e da realidade. Pretendemos com nossa pesquisa contribuir para o melhor entendimento e melhor composição do que se chama língua e de um sistema de produção e circulação de conhecimento, cujos elementos seriam, além da produção literária: i – Cotidiano; ii – Produção Acadêmica; iii – Ensino de Língua. |