62º SEMINáRIO DO GEL - 2014 | |
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Título: | A forma sujeito de Ulysses Guimarães no discurso proferido em 1978 |
Autor(es): | Euzélia David Dias, Edileusa Gimenes Moralis. In: SEMINÁRIO DO GEL, 62 , 2014, Programação... São Paulo (SP): GEL, 2014. Acesso em: 21/11/2024 |
Palavra-chave | Pronunciamento, Pronunciamento, Sentido |
Resumo |
A presente proposta desenvolve um estudo discursivo sobre a forma sujeito de Ulysses Guimarães a partir da materialidade constituída no pronunciamento realizado em 13 de maio de 1978, na cidade de Salvador. Com efeito, busca-se compreender como o objeto simbólico (o pronunciamento) produz sentidos, analisando os próprios gestos de interpretação através do funcionamento da língua, o que demonstra que a linguagem mostra-se como não transparente, articulando-se em dispositivos teóricos analíticos, tais como: interpretação, materialidade do processo de significação, constituição do sujeito, memória discursiva, condições de produção, sentido, paráfrase e polissemia. Inicialmente a questão que se coloca é a seguinte “Como significa esse discurso de Ulysses Guimarães?” Observando que a linguagem não é transparente, pois “há um real da história de tal forma que o homem faz história” (Orlandi, 2010, p. 19). Por essa razão, conjuga-se a língua com a história na produção de sentidos, denominando-a de linguístico-histórico, porque se compreende a língua como estrutura e como acontecimento, em que há um sujeito afetado pela história. Aí surge o deslocamento da noção de homem para a de sujeito, que se constitui na relação com o simbólico na história. Vejamos:
Nos recortes elencados anteriormente, percebe-se que o discurso de Ulysses Guimarães é uma prática de linguagem em que a palavra está em movimento, pois se observa o homem falando. De fato, nesse discurso compreende-se a língua fazendo sentido, enquanto trabalho simbólico, parte do trabalho social constitutivo do homem (Ulysses) participando da história brasileira. É a partir da Análise de Discurso que se pode conhecer melhor aquilo que faz do homem um ser especial com sua capacidade de significar e significar-se, como o caso do político Ulysses Guimarães. Levando em consideração que a análise de discurso concebe a linguagem como mediação necessária entre o homem e a realidade natural e social, tornando possível tanto à permanência e a continuidade quanto o deslocamento e a transformação do homem e da realidade em que ele vive, uma vez que o trabalho simbólico do discurso está na base da produção da existência humana. |