62º SEMINáRIO DO GEL - 2014 | |
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Título: | Irregularidades ortográficas na aquisição da escrita |
Autor(es): | Cássio Dias Dalmo. In: SEMINÁRIO DO GEL, 62 , 2014, Programação... São Paulo (SP): GEL, 2014. Acesso em: 03/12/2024 |
Palavra-chave | Aquisição da Escrita, Aquisição da Escrita, Alfabetização |
Resumo |
O presente trabalho busca analisar a aquisição da escrita por parte de alunos dos anos iniciais do Ensino Fundamental, em processo da alfabetização. Para tanto, são utilizados dados recolhidos do corpus PAEBES/ALFA (Avaliação da Alfabetização do Programa de Avaliação da Educação Básica do Espírito Santo). Especificamente, este estudo focaliza a escrita de irregularidades ortográficas da língua portuguesa. Baseados nos estudos de Oliveira (2005) e Morais (2008, 2013), incitamos aqui um breve levantamento acerca de habilidades dos alunos na alfabetização e a forma como se dá o aprendizado das regras ortográficas da língua portuguesa. Na escrita de casos de irregularidade ortográfica, o uso de uma letra é justificado normalmente como tradição de uso ou pela origem da palavra. Na aprendizagem da escrita, o aluno toma como referência sua pronúncia, de maneira que acaba escrevendo do modo que fala (Cagliari, 2002). Isto não é considerado um erro dentro do processo de alfabetização da criança, ao contrário, é inerente a esse processo. O alfabetizador precisa conhecer os diferentes níveis de aprendizagem de seu aluno, a fim de guia-lo no seu processo de aprendizado. Este trabalho limita-se ao estudo de irregularidades da ortografia, tratando especialmente dos ditongos da escrita que têm uma pronúncia reduzida como, por exemplo, nas palavras, caixa, madeira, vassoura, deixa(terceira pessoa presente do verbo deixar) que também são escritas, comumente por aprendizes da escrita, sem a semivogal: caxa, madera, vassora, dexa. As irregularidades são marcadas justamente por não haver uma regra de identificação que ajude o aprendiz na hora de escrever, sendo necessário, em alguns casos, recorrer a um dicionário e memorizar a forma do vocábulo (MORAIS, 2008). Isto não se torna tão difícil para o aluno no caso de palavras mais frequentes, pois estes vocábulos são recorrentes em sua escrita e ele acaba por memorizar a grafia deles. Contudo, no caso das palavras menos frequentes, atesta-se variação maior na escrita (Fontes-Martins e Oliveira-Guimarães, 2010). Desta forma, o estudo aqui realizado, com dados do corpus citado, busca compreender o comportamento de diferentes casos de irregularidade ortográfica. |