62º SEMINáRIO DO GEL - 2014 | |
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Título: | Comunidades de prática e o desenvolvimento do gênero profissional: algumas experiências na formação de professores do Projeto CECLLA e o despertar para o papel social e político do professor |
Autor(es): | DANIELLA CORCIOLI AZEVEDO ROCHA. In: SEMINÁRIO DO GEL, 62 , 2014, Programação... São Paulo (SP): GEL, 2014. Acesso em: 21/11/2024 |
Palavra-chave | Ensino e aprendizagem de línguas, Ensino e aprendizagem de línguas, comunidades de prática |
Resumo |
No que se refere à área de formação de professores, uma questão constantemente em debate entre pesquisadores e formadores diz respeito à parte prática da formação recebida nos cursos de graduação e a necessidade de investimentos no desenvolvimento de professores pesquisadores capazes de refletir criticamente sobre os resultados de suas ações (Smyth, 1991). Pensando em melhorar a qualidade da formação inicial dispensada aos nossos alunos do Curso de Letras da Universidade Federal do Tocantins – Campus de Porto Nacional, os professores do Colegiado deste curso propuseram a criação de um projeto de extensão intitulado CECLLA - CENTRO DE ESTUDOS CONTINUADOS EM LETRAS, LINGUÍSTICA E ARTES. Pretendíamos, a partir do projeto, propiciar oportunidades para que nossos graduandos pudessem desenvolver o gênero profissional (CLOT, 2007) e também aprimorar, através do fazer e refazer, os principais aspectos relacionados ao ‘ser professor’, a saber: competência linguística, metodológica e, principalmente, uma postura mais crítico-reflexiva, apoiada pela imersão do graduando em um conjunto de ações próprias de um professor pesquisador, inquiridor e senhor da própria prática (PRABHU, 1991), e que ainda fosse capaz de desenvolver habilidades tais como as de nortear suas ações levando em consideração as particularidades e possibilidades locais (KUMARAVADIVELU, 2001,). Conforme será demonstrado durante esta apresentação, o projeto tem conseguido amenizar bastante as falhas do nosso sistema existentes, em parte, devido ao desenvolvimento das ‘práticas episódicas’ (CRISTÓV O, 2005) por nossos graduandos durante as aulas no estágio supervisionado. O projeto tem possibilitado, ainda, a inserção dos graduandos nas ‘comunidades de prática’ (WENGER, 1998, apud GIMENEZ, 2012), definidas como “grupos de pessoas que compartilham uma preocupação ou paixão por algo e que aprendem a fazê-lo melhor por meio de interações regulares” (WENGER, 1998, apud GIMENEZ, 2012). Questões a serem investigadas, ainda, dizem respeito, principalmente, à permanência ou não da prática reflexiva e do pensamento crítico, bem como da capacidade de desenvolvimento de práticas mais autônomas, contexto-orientadas e emancipatórias após a saída da universidade e entrada no campo de trabalho. De antemão podemos salientar, como poderá ser verificado, também, que é notório os avanços referentes à conscientização dos professores formadores e dos professores em formação quanto à necessidade urgente de desenvolvimento de uma prática educativa que consiga ir além da visão dicotômica dos papéis de professores e alunos para que possamos ultrapassar o atual modelo baseado na transmissão de conhecimento e alienação quanto às reais necessidades e possibilidades locais. |