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Programação do 62º seminário do GEL


62º SEMINáRIO DO GEL - 2014
Título: Diversidade e diferenças linguísticas: práticas e usos no sertão central potiguar
Autor(es): MARIA DAS NEVES PEREIRA. In: SEMINÁRIO DO GEL, 62 , 2014, Programação... São Paulo (SP): GEL, 2014. Acesso em: 21/11/2024
Palavra-chave léxico e cultura, léxico e cultura, atlas linguístico.
Resumo

Trabalho de cunho dialetológico e geolinguístico, em desenvolvimento, no Rio Grande do Norte-RN, produção do Grupo de Pesquisa Estudos da Linguagem - GEL/UFERSA, Universidade Federal Rural do Semi-Árido e da equipe do Atlas Linguístico do Rio Grande do Norte/ALiRN, continuando as investigações sobre os diversos falares de Angicos, cidade da região Central Potiguar. O fenômeno sociolinguístico observado provém da migração de estudantes universitários selecionados pelo ENEM. Através da realização de testes diagnósticos, visando à interação entre alunos-alunos-professor, nas primeiras aulas semestrais e à identificação do perfil dos ingressos, observou-se que os discentes da UFERSA/Angicos, em maior número, vêm de diferentes cidades do RN e de outros estados do Brasil e, em menor número, da própria cidade de Angicos. Dessa migração, surgem diferentes culturas e usos linguísticos diversos, constituindo uma nova comunidade de fala, composta de falantes com perfis diversos e diferentes usos linguísticos; estratos sociais e situação econômica distintos e diferentes faixas etárias. Assim sendo, torna-se natural que estes fatores condicionem a linguagem em uso. As investigações iniciaram, em 2009, com as primeiras atividades acadêmicas da UFERSA/Angicos, entre 100 alunos; nos períodos letivos de 2010, 2011, 2012 e 2013, abrangeram 1.100 estudantes ingressos dos cursos de BCT, LCI e BSI, totalizando 1.200 alunos, procedentes do Rio Grande do Norte (RN) e respectivas regiões: Litoral, Agreste, Central e Oeste Potiguar; demais estados do Nordeste: Ceará (CE), Paraíba(PB) Pernambuco(PE), Piauí(PI); Sudeste: Rio de Janeiro(RJ), São Paulo(SP); Sul: Santa Catarina(SC) e Distrito Federal(DF). As publicações sobre léxico e práticas linguísticas nos Documentos II e III - Atlas Linguístico do Brasil (ALiB), (2006) e (2012), reunindo dados cartografados em  atlas linguísticos regionais publicados ou em construção no Brasil, apresentando amostras de descrição do português brasileiro; Callou (2000) e Callou e Leite (2002) ao estudar o uso do artigo diante de antropônimos como marca de distribuição geográfica de fenômeno linguístico e, um panorama geral de como falam os brasileiros, nortearam teoricamente as análises e discussões deste estudo. Os textos produzidos pelos alunos e suas respectivas apresentações, objeto da análise, sinalizaram os índices de ocorrência de variantes linguísticas e lexicais, nas práticas comunicativas desses falantes. Resultados parciais: o nível fonológico destaca-se como maior identificador das diferenças regionais ou diatópicas; o lexical aparece, em seguida, representado como variante diafásica (linguagem própria dos jovens) e diatópica e, a variação de nível morfossintático, marcada pelo apagamento do uso do artigo diante de antropônimos, como identificador de variação regional.