62º SEMINáRIO DO GEL - 2014 | |
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Título: | Semáforo, sinal ou sinaleira? Variação lexical em cidades do interior da região Sul |
Autor(es): | Rebeca Louzada Macedo. In: SEMINÁRIO DO GEL, 62 , 2014, Programação... São Paulo (SP): GEL, 2014. Acesso em: 21/11/2024 |
Palavra-chave | semáforo, semáforo, dialetologia |
Resumo |
Recentemente, com os avanços da tecnologia, diversas palavras foram agregadas à língua, criadas, ou emprestadas de outras línguas. Em outras épocas, o mesmo ocorreu, a industrialização e o êxodo rural foram alguns motivos para inovações na convivência humana, no trabalho e no lazer. Neste trabalho é analisado o uso das variantes lexicais para um instrumento de trânsito, cujo nome técnico é “semáforo”. Segundo Costa, Seco e Vasconcelos (2005), tal instrumento foi utilizado pela primeira vez em 1868, em Londres, para organizar o transito. A utilização desse instrumento faz-se necessária quando apenas o desenho geométrico das redes viárias não é suficiente para gerir o ordenamento e a disciplina no trânsito. Nas diversas regiões do Brasil foram dados nomes para esse instrumento, muitas vezes o nome utilizado era a sua designação técnica, outras, nomes de outros objetos que eram parecidos, ou tinham funções semelhantes. De acordo com Biderman (1989), o léxico transmite a cultura de uma sociedade, comunicando os aspectos da vida, dos valores e das crenças dessa comunidade. Por isso, a escolha de uma variante lexical para denominar um objeto não se restringe apenas à preferência do momento, mas deve-se à carga cultural que o falante possui, adquirida pelo contato com sua família, seus amigos e toda a sua comunidade. Sob o enfoque da dialetologia pluridimensional, neste trabalho serão estudados os nomes dados ao semáforo em cidades do interior do Rio Grande do Sul, de Santa Catarina e do Paraná, com o objetivo de identificar e mapear o uso das variantes na região Sul, considerando as variáveis extralinguísticas faixa etária e sexo. A partir de um recorte nos corpora do AliB – Atlas Linguístico do Brasil (2001): respostas concedidas por informantes à questão 194, do Questionário Semântico-Lexical (QSL) do "Na cidade, o que costuma ter em cruzamentos movimentados, com luz vermelha, verde e amarela?". Portanto, para a pesquisa realizaram-se: (i) pesquisa do referencial teórico da dialetologia pluridimensional; (ii) estudo das pesquisas já realizadas a respeito de variação lexical diatópica; (iii) contabilização dos dados coletados nas entrevistas do ALiB; (iv) confirmação das respostas nos áudios do ALiB; (v) análise quantitativa dos dados de acordo com a diatopia e com as variáveis sexo e faixa etária; (vi) confecção de gráficos e carta lingüística experimental; (vii) verificação das variantes registradas para o semáforo. (CAPES) |