logo

Programação do 62º seminário do GEL


62º SEMINáRIO DO GEL - 2014
Título: A analogia em Vitrúvio, Sêneca e Quintiliano
Autor(es): Antonio Carlos Silva de Carvalho. In: SEMINÁRIO DO GEL, 62 , 2014, Programação... São Paulo (SP): GEL, 2014. Acesso em: 27/07/2024
Palavra-chave Analogia, Analogia, Quintiliano
Resumo

Marco Vitrúvio Polião (séc. I a.C.), engenheiro e arquiteto romano que deve ter dedicado seu trabalho ao primeiro Augusto (63 a.C. - 14 d.C.), usou uma tradução latina para o termo grego analogia, qual seja, proporção; Lúcio Aneu Sêneca, chamado de Sêneca, o Filósofo (4 a.C. - 65 d.C.), não tendo abordado a analogia sob o ponto de vista gramatical, fez, contudo, comentários interessantes, utilizando-a na filosofia; Marco Fábio Quintiliano (35-95 d.C.), retórico latino que, conquanto não fosse gramático, escreveu sobre o ofício do gramático e, na controvérsia entre analogistas e anomalistas, apesar de tender para os primeiros, não se posicionou de forma rigorosa. Esses são os autores latinos que destaco neste artigo, destinado a divulgar parte de um trabalho maior que fiz acerca da analogia. O fato de a analogia ter se revelado um termo técnico muito antigo — remonta aos gregos clássicos — que vem sendo usado até os dias de hoje, e nas mais variadas ciências, levou a uma busca que objetiva, tanto quanto possível, rever sua história e atribuir-lhe um conceito aplicável com propriedade nas diferentes áreas do conhecimento, em especial nas ciências da linguagem. Assim, proponho um olhar a partir dos textos originais dos autores em questão e, no caso de Quintiliano, destaco passagens da contenda grega concernente à origem da linguagem entre analogistas e anomalistas. Ao cabo dessa empreitada, algumas verificações são possíveis, como i) o uso do termo analogia em diferentes áreas, comprovando tanto sua produtividade quanto sua objetividade, e ii) sua utilização como sinônimo de comparação, proporção e semelhança, e iii) a influência dos gregos sobre os romanos, visto que estes se valeram da língua grega para justificarem fatos linguísticos da língua latina e iv) qual a relação (ou não) que o termo analogia usado pelos autores estudados manteria com as definições linguísticas atuais, mormente nos estudos de base funcionalista.