62º SEMINáRIO DO GEL - 2014 | |
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Título: | Animacidade nas línguas: estrutura e conceito |
Autor(es): | Thiago da Silva Santos, Aleria Cavalcante Lage. In: SEMINÁRIO DO GEL, 62 , 2014, Programação... São Paulo (SP): GEL, 2014. Acesso em: 21/11/2024 |
Palavra-chave | Animacidade, Animacidade, Traço Sintátitco |
Resumo |
Classicamente, animacidade é traço semântico. O objetivo desse estudo, com base na Gramática Gerativa (1965-atual), é mostrar que a animacidade é essencialmente traço sintático, que participa de operações sintáticas que promovem, por exemplo, a relação de concordância (Agr), resultando em marcas morfológicas. A existência dessas marcas morfológicas seria então parametrizada, o que pode ser explicada plenamente pela Teoria de Princípios e Parâmetros (Chomsky, 1981). Assim, segundo Lage (2011), França, Lage (2013) e Santos (2013), o traço [± animado] é traço sintático que não se satura na sintaxe, sendo ainda interpretado na Interface Conceitual-Intencional (Chomsky, 1995, 2002). Para confirmar essa hipótese, esse estudo apresenta dados de várias línguas, apontando o traço [± animado] em fenômenos sintáticos diferentes, como nas variações de concordância do sujeito gramatical do persa, como aponta Sedighi (2005, p. 1). Aponto ainda que animacidade é também uma noção, um conceito que um recém-nascido da nossa espécie domina, mas outras espécies também já detêm este conceito ao nascimento (Hinzen, Poeppel, 2011). Portanto, conceitualmente, animacidade antes de ser linguística é extralinguística, o que nos remete ao Terceiro Fator da arquitetura da linguagem (Chomsky, 2005). (Cf. França, Lage, 2013; Santos, 2013) |