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Programação do 62º seminário do GEL


62º SEMINáRIO DO GEL - 2014
Título: A LATERAL PALATAL NA REGIÃO METROPOLITANA DO RIO DE JANEIRO
Autor(es): Vivian de Oliveira Quandt. In: SEMINÁRIO DO GEL, 62 , 2014, Programação... São Paulo (SP): GEL, 2014. Acesso em: 21/11/2024
Palavra-chave Lateral Palatal, Sociolinguística, Variação, Fonologia Experimental
Resumo O presente trabalho analisa o comportamento da lateral palatal na fala culta e popular da Região Metropolitana do Rio de Janeiro (Municípios de Nova Iguaçu e do Rio de Janeiro, este representado por Copacabana) e é desenvolvido à luz dos pressupostos teóricos da Teoria da Variação Laboviana e da Fonologia Experimental (com base em Ohala, 1984). A análise sociolinguística foi efetuada a partir de um corpus eliciado de entrevistas que constituem o Acervo do Projeto Estudo comparado dos padrões de concordância em variedades africanas, brasileiras e europeias do Português (www.letras.ufrj.br/concordancia). Os inquéritos, do tipo DID (Diálogo entre Informante e Documentador), foram realizados com 36 informantes, distribuídos igualmente por sexo, três faixas etárias e três níveis de escolaridade. Obteve-se um total de 2.470 dados. Já para a feitura da análise baseada na Fonologia Experimental, criou-se um corpus complementar que foi gravado no Laboratório de Fonética Acústica da Faculdade de Letras da UFRJ. A pesquisa desenvolve-se em duas etapas. Na primeira, busca-se determinar os fatores que condicionam a variação da lateral palatal por meio do controle de variáveis linguísticas e extralinguísticas e tecem-se considerações sobre a difusão das variantes pelos itens lexicais. Na segunda, descrevem-se as análises acústicas efetuadas em laboratório para a obtenção de evidências que contribuam para o debate sobre o status desse fonema. Os resultados advindos das análises variacionistas indicam que dentre as variantes da lateral posterior, a lateral palatalizada é a que se mostra mais produtiva. As demais (despalatalização seguida de iode, despalatalização, vocalização e síncope do segmento) são pouco frequentes, incidindo em reduzido número de itens lexicais, o que se credita ao fato de as amostras retratarem a fala urbana. A variação da lateral palatal, apesar de mostrar-se condicionada por fatores linguísticos e extralinguísticos em que sobressai a frequência alta/média de alguns vocábulos presentes no corpus, parece justificar-se, ainda, como demonstram os experimentos realizados no âmbito da Fonologia Experimental, pela grande semelhança acústica entre essas duas variantes.