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Programação do 63º seminário do GEL


63º SEMINáRIO DO GEL - 2015
Título: Desenvolvimento da habilidade corretora de textos escolares na formação docente inicial
Autor(es): MRCIA SIPAVICIUS SEIDE. In: SEMINÁRIO DO GEL, 63 , 2015, Programação... São Paulo (SP): GEL, 2015. Acesso em: 05/05/2024
Palavra-chave habilidade corretora , conexionismo, formao docente
Resumo

Almeja-se que o professor de Língua Portuguesa, ao corrigir os textos de seus alunos, sejam capazes de perceber, na redação produzida por eles, indícios daquilo que os educandos sabem e daquilo que requer faça parte dos conteúdos a serem ensinados.Isto só pode ser conseguido mediante desenvolvimento de habilidade específica.Para compreender melhor como essa habilidade se desenvolve na formação docente inicial, e partindo do pressuposto de que o desenvolvimento dessa habilidade é semelhante ao que ocorre no desenvolvimento de habilidades tradutórias descrito por Gonçalves (2008) foi elaborado um experimento cujos resultados são divulgados nesta comunicação. Para tanto, foi gerado um instrumento de geração de dados.O instrumento foi preenchido por onze sujeitos , em outubro de 2014, todos graduandos ou graduados do curso de Licenciatura emLetras da Universidade Estadual do Oeste do Paraná do Campus de Marechal Cândido Rondon: alunos do 2o.ano do curso, do 3o.ano, do 4o.ano,professores recém-formados e professores atuantes.Os sujeitos inseriram comentários numa dissertação escolar produzida por um aluno de 9o.ano do Ensino Fundamental de uma escola pública, redação coletada e pubicada por Schneider (2013). Os comentários foram analisados quantitativa e qualitativamente conforme a quantidade de comentários inseridos por cada sujeito, o tempo utilizado na tarefa, o tipo de comentário feito, conforme tipologia adaptada de Ruiz (2013)  e a natureza da falha percebida.A correlação entre o número de comentários e o tempo dedicado à tarefa indica que o desenvolvimento da habilidade de corrigir textos inclui a capacidade de, perante uma redação, fazer mais comentários e dedicar tempo suficiente para analisar as falhas percebidas, capacidade apresentada por alunos da segunda metade do curso.Com relação ao tipo de comentário, constatou-se que, também a partir da segunda metade do curso, os alunos começam a utilizar comentários classificatórios e explicativos; professores experientes, por sua vez, preferem comentários interlocutivos com instruções ou perguntas visando a refacção textual.No que concerne a natureza da falha percebida, pontuação, ortografia e coesão localizada no nível frasal foram percebidos por todos.Falhas relativas à coesão inter e entre parágrafos, à argumentatividade e à informatividade foram percebidas por sujeito do quarto ano do curso. Falhas decorrentes de não apresentação das características que o gênero discursivo em foco deve apresentar foram percebidas apenas por um dos professores experientes que participaram do experimento. A percepção de falhas por inadequação vocabular foi o único tipo de falha subnotificado por todos os sujeitos.