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Programação do 63º seminário do GEL


63º SEMINáRIO DO GEL - 2015
Título: Emergência de grafia de coda nasal no primeiro ano do ensino fundamental
Autor(es): Luciani Ester Tenani, Simone Rizzatto Albertini Garcia. In: SEMINÁRIO DO GEL, 63 , 2015, Programação... São Paulo (SP): GEL, 2015. Acesso em: 05/05/2024
Palavra-chave nasalidade, slaba, ortografia
Resumo

O objetivo geral desta comunicação é tratar de dados de escrita que permitem compreender como crianças em fase inicial do processo de alfabetização operam com a complexidade da grafia de sílabas com coda nasal. De acordo com Miranda (2009), os erros ortográficos encontrados nas escritas iniciais dos alunos é uma importante fonte de estudos para aqueles que visam a abordar o complexo processo de aquisição da escrita. Ainda de acordo com a autora, ao analisar os chamados erros ortográficos produzidos pelas crianças, estes oferecem pistas das hipóteses formuladas pelos aprendizes quando se deparam com o sistema de escrita que estão a adquirir. Neste estudo, os sujeitos de pesquisa são crianças do interior paulista e sua produção escrita será analisada em relação aos resultados descritos para crianças gaúchas e para jovens e adultos do interior paulista em fase inicial de alfabetização. Buscamos, assim, identificar características comuns entre esses estudos que possam ser definidas como gerais do processo de aquisição de estruturas de sílabas complexas do Português. No que tange à nasalidade no Português, a complexidade é tanto ortográfica quanto fonológica. A complexidade ortográfica está no fato de haver três diferentes alternativas de registro ortográfico da coda nasal (a saber: <m>, <n> ou < ~ >). A nasalidade fonológica no Português recebe três interpretações distintas e, neste trabalho, assumimos a hipótese de que a nasalidade é um traço da estrutura silábica associado à coda, representado por vogal mais nasalidade. Justificativas para essa opção interpretativa serão  dadas com base nos dados que serão analisados. Na análise dos dados, serão observados registros e não registros da coda nasal em produções escritas de diferentes gêneros textuais. No caso de não haver registro  de alguma das três possibiliades ortográfidas da grafia da nasalidade, a hipótese é a de que a criança ainda não registra sílabas complexas. No caso de registro da nasalidade, classificaremos os registros como convencionais e não convencionais e, dentre esses últimos, identificaremos  se a marca gráfica de nasalidade se dá na coda, na vogal ou em toda a rima silábica. Nesses casos de registro de nasalidade, nossa hipótese é a de que a criança já opera com a sílaba complexa da língua e está lidando com as alternativas de registros ortográficos da nasalidade. Comparemos a partir dessas hipóteses os  resultados de nossa pesquisa com aqueles descritos na literatura visando caracterizar a emergência da grafia  da coda nasal do Português.