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Programação do 63º seminário do GEL


63º SEMINáRIO DO GEL - 2015
Título: Contribuições reflexivas para a leitura interativa de imagens
Autor(es): Llia Erbolato Melo. In: SEMINÁRIO DO GEL, 63 , 2015, Programação... São Paulo (SP): GEL, 2015. Acesso em: 05/05/2024
Palavra-chave contribuies reflexivas, leitura interativa , imagens
Resumo

O objetivo principal é observar a leitura interativa e suas contribuições para a leitura de imagens em sequência, antes e depois da tutela do adulto/criança. Dentro deste contexto, interessa-nos verificar também a disponibilidade da criança em assumir a perspectiva do adulto no ato de narração, e as habilidades específicas de desempenho que contribuem para seu desenvolvimento cognitivo e social.

O quadro teórico inicial converge para subtemas e autores, como ‘imagem’ (Aumont, 2008); ‘narrativa’/narração’ (Bruner, 1991; 1997; 2014); ‘imaginação’ (Bouriau, 2006); ‘crenças’ (Perner & Wimmer, 1985); ‘condutas explicativas na narração e efeito da tutela’ (Veneziano & Hudelot, 2005), entre outros.

                      A pesquisa foi realizada, em situação interativa adulto/criança, com e sem a tutela do adulto, num total de 18 crianças de 5, 8 e 10 anos de idade, de ambos os sexos, que frequentam escola pública. A história selecionada, ‘A trombada’, extraída do livro ‘Cabra-Cega’ (Eva Furnari, 2003:10-11), constituída de quatro imagens, sem texto, conta um episódio com começo, meio e fim entre duas personagens (um menino e uma menina). Os dados foram transcritos segundo as convenções utilizadas por Preti e Urbano (1990).

                    Na coleta dos dados, inicialmente, as imagens foram apresentadas às crianças na tela do computador. Em seguida, elas foram solicitadas a construir uma história, levando em conta a visualização das imagens. Finalmente, executaram a tarefa solicitada com a visualização das imagens e a ajuda do adulto. Como critérios de análise utilizados, destacamos a retificação de falsas crenças da personagem, e a utilização dos liames causais dos acontecimentos.

                    A confrontação dos resultados mostra que o uso dos signos não verbais tem um papel importante na regulação e no controle do fluxo conversacional, quando se trata da criança de 5 anos. Assim, observa-se também sua tendência para respostas mais curtas, quando se trata de cooperação argumentativa, ao contrário do que acontece com a criança mais velha que ousa um pouco mais para expressar seus julgamentos e se posicionar.

                    A expectativa é que sejam realizadas outras pesquisas com o olhar voltado para a sala de aula, que permitam identificar e contrastar os estilos, segundo seus traços peculiares.