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Programação do 63º seminário do GEL


63º SEMINáRIO DO GEL - 2015
Título: Aspectos sintático-semânticos da correlação aditiva
Autor(es): Ivo da Costa do Rosrio. In: SEMINÁRIO DO GEL, 63 , 2015, Programação... São Paulo (SP): GEL, 2015. Acesso em: 05/05/2024
Palavra-chave correlao, adio, sintaxe
Resumo

Os autores tradicinais propõem a existência de dois grandes processos de integração de orações: a subordinação e a coordenação. As discussões em torno da justaposição e da correlação ainda são  bastante  polêmicas, já que ambas não são reconhecidas como processos distintos de estruturação sintática, na Nomenclatura Gramatical Brasileira, consagrada pela Portaria Ministerial nº 36, de 28/01/1959.    Nas perspectivas funcionalistas, em geral, são apresentados  três "pontos de aglomeração": a parataxe, a hipotaxe e a subordinação. Esses três processos expressam um crescendum de integração, e, certamente, envolvem entre um ponto e outro variadas estratégias de integração clausal.   Quanto à correlação, de forma mais específica,  verificamos asserções esparsas na literatura linguística, o que de per si já justificaria um estudo mais aprofundado sobre o assunto. Segundo Rosário (2012), a correlação pode ser definida como uma “construção sintática prototipicamente composta por duas partes interdependentes e relacionadas entre si, encabeçadas por correlatores, de tal sorte que a enunciação de uma (prótase) prepara a enunciação de outra (apódose)”. Como exemplo, destacamos o seguinte: “Ele não só fez tudo o que foi combinado como também foi além”.  Como esse processo é normalmente preterido pelos gramáticos e por outros estudiosos, intentamos analisá-lo à luz da Linguística Funcional Centrada no Uso. Aplicamos o instrumental teórico adotado ao corpus, que é formado por discursos políticos, fortemente argumentativos, extraídos do site da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro, no ano de 2009. A análise implementada permitirá uma tipologização das correlatas aditivas em micro, meso e macroconstruções (cf. TRAUGOTT, 2010), com ênfase em seus aspectos sintáticos e semânticos.  Nossos resultados apontam para um uso bastante especializado das construções correlatas, inseridas em contextos com alta carga de argumentatividade. Nosso objetivo, em síntese, é descrever e analisar essas construções, buscando suas especificidades e peculiaridades, distinguindo a coordenação aditiva da correlata aditiva, como processos distintos.