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Programação do 63º seminário do GEL


63º SEMINáRIO DO GEL - 2015
Título: O estudo da sintaxe no ensino fundamental e médio: sugestões para um trabalho contextualizado com a gramática
Autor(es): Ana Carolina Sperana Criscuolo. In: SEMINÁRIO DO GEL, 63 , 2015, Programação... São Paulo (SP): GEL, 2015. Acesso em: 05/05/2024
Palavra-chave sintaxe, perodo composto, leitura e produo textual
Resumo

O ensino de gramática, de forma geral, constitui um tema bastante discutido (e sempre em discussão!) no que diz respeito ao ensino de Língua Portuguesa para os níveis fundamental e médio. Ainda assim, não se pode dizer que esta seja uma questão resolvida, tendo em vista os inúmeros questionamentos sobre como ensinar gramática de maneira contextualizada, em consonância com as propostas oficiais que estabelecem, como objetivo principal das aulas de Língua Portuguesa, garantir o acesso à leitura e à escrita eficazes, visto que o domínio dessas habilidades é um requisito fundamental para a participação social (BRASIL, 1997, 1998). O estudo da sintaxe no contexto escolar tem-se limitado, essencialmente, ao estudo da oração e seus termos constituintes, bem como às relações interoracionais que formam o período composto (IGNÁCIO, 2001; NEVES, 2003; GASPARINI-BASTOS; HATTHNER; GONÇALVES, 2014, entre outros). Neste trabalho, pretende-se mostrar, a partir de limitações da abordagem tradicional do período composto (predominante em gramáticas e materiais didáticos que servem de apoio ao ensino), sugestões para uma abordagem contextualizada da sintaxe, a partir de textos autênticos, destacando-se a maneira como escolhas lexicais e sintáticas refletem as intenções do falante. Com base em uma abordagem funcionalista-cognitivista da língua (FAUCONNIER, 1994, 1997; ABREU, 2003, 2012), defende-se a possibilidade de se estudar a gramática a partir de textos, efetivamente. Acredita-se que o estudo da sintaxe, sob essa perspectiva, pode ser muito mais interessante e significativo aos alunos de ensino fundamental e médio, contribuindo para o desenvolvimento de sua competência comunicativa e para uma maior autonomia no uso da língua. Para Abreu (2003, p. 78), duas vantagens há no conhecimento sobre o funcionamento da língua: “A primeira delas é que, tomando consciência dos mecanismos que utilizamos inconscientemente, aumentamos nosso controle sobre eles. A segunda vantagem é que, com esse controle, aumentamos a versatilidade com que podemos utilizá-los, vislumbrando um número infindável de novas opções”.

(Apoio: FAPESP - Processo 2012/22189-5)