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Programação do 63º seminário do GEL


63º SEMINáRIO DO GEL - 2015
Título: Os róticos em coda silábica no Espírito Santo
Autor(es): Catarina Vaz Rodrigues. In: SEMINÁRIO DO GEL, 63 , 2015, Programação... São Paulo (SP): GEL, 2015. Acesso em: 05/05/2024
Palavra-chave Rticos, Coda silbica, Dialetologia
Resumo

Este artigo tem como objetivo apresentar a realização dos róticos em coda silábica no Espírito Santo. Os dados utilizados fazem parte do projeto Atlas Linguístico do Espírito Santo (ALES), os quais foram coletados em duas etapas. A primeira seguiu princípios dialetológicos tradicionais, de cujas contribuições destacamos a unidade técnica na coleta e organização dos dados, e a visão espacial, que permite induções de ordem histórica, geral e comparativa (Coseriu: 1965). A seleção dos trinta e cinco pontos que compreendem a rede dessa etapa incluiu critérios tais como: distribuição espacial em células de 5000 km2, época de ocupação das localidades e composição étnica da população. Os informantes deviam preencher, entre outros, os seguintes requisitos:  nascidos no local (ou terem ali chegado ainda pequenos); pais e cônjuge   da mesma localidade; analfabetos ou com no máximo 4ª série; pouco viajados; idade entre 30 e 55 anos. Para avaliar a diferença de gênero, foram entrevistados dois informantes em cada ponto: uma mulher e um homem. Na elaboração do questionário do ALES, foram incluídas questões já formuladas em outros atlas, garantindo-se assim um balizamento do alcance das variantes. O questionário compreende questões fonético-fonológicas, morfossintáticas, lexicais e temas para discursos semidirigidos. A segunda etapa seguiu princípios de Dialetologia pluridimencional e foi desenvolvida em cinco centros urbanos, os quais foram selecionados considerando-se: densidade populacional de   95.000 mil habitantes;  antiguidade, com localidades de no mínimo 100 anos de fundação;  distribuição nas macrorregiões do Estado. Os informantes foram divididos em dois grupos: o primeiro segue os critérios da primeira fase da pesquisa e o segundo inclui pessoas de ambos os sexos com terceiro grau completo. Obteve-se assim um total de 70 informantes na área rural e 40 na urbana. Na análise das variantes foram   considerados sua posição interna ou em final de vocábulo e o ambiente fonético. Os fatores extralingüísticos investigados foram distribuição espacial, gênero, origem étnica, escolaridade,  e regiões rural e urbana. Considerando-se a distribuição geral das variantes, há predomínio das fricativas; contudo, esse quadro sofre alterações quando são levados em conta os fatores selecionados. (Apoio: CNPq Processo 473826/2009-7)