63º SEMINáRIO DO GEL - 2015 | |
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Título: | Descrição do português na mídia brasileira: um estudo morfossintático, semântico e pragmático. |
Autor(es): | Clara Regina Gonalves da Silva. In: SEMINÁRIO DO GEL, 63 , 2015, Programação... São Paulo (SP): GEL, 2015. Acesso em: 05/05/2024 |
Palavra-chave | portugus culto, gramtica, mudana lingustica |
Resumo |
A pesquisa visa à descrição de estruturas linguísticas típicas do português do Brasil. Trabalha com o recorte da colocação pronominal percebida por meio do levantamento de dados na mídia brasileira. Apresenta como metodologia a recolha de textos escritos veiculados em uma revista - de grande alcance da classe culta da população - na sua modalidade virtual. Os textos foram extraídos da seção Colunas & Blogs com temática variada, sendo que para composição do corpus de pesquisa, focamos em cinco de seus colunistas. Tem-se, em seus resultados, a expectativa de formulação de um mapeamento do uso (da estrutura linguística pesquisada, colocação pronominal, especificamente a próclise) atualmente utilizada no Brasil, na camada culta da população, a fim de caracterizar processos de mudança linguística entre o português regido pela norma culta padrão das gramáticas prescritivo-normativas, e que em tese rege a escrita dos meios de comunicação, e o real uso do português pela camada culta da sociedade brasileira. A bibliografia utilizada teve enfoque no estudo de normas de colocação pronominal, num primeiro momento seguindo para outro de leituras a respeito da norma culta do português brasileiro. Com a pesquisa foram identificados cerca de 100 usos da estrutura linguística dada como recorte que fugiam às normas da gramática prescritiva tradicional que é amplamente tomada como parâmetro para a escrita nos meios de comunicação e contextos formais atualmente no Brasil. O objetivo foi levantar a mudança de usos linguísticos que os brasileiros apresentam com o transcorrer do tempo em relação ao uso dos portugueses, os idealizadores da gramática normativa - citada há pouco - que dita nosso uso da língua nos meios formais de convívio, como os de ensino, por exemplo. Tal estudo corrobora as pesquisas linguísticas de cunho funcionalista que promovem uma reflexão sobre os nossos ditames no que tange a língua portuguesa, cada povo, seja lusitano ou brasileiro*, confere à língua seus próprios usos e conveniências, portanto um "instrumento-guia" (gramática) de um povo, não deve caber a outro como camisa de força, mesmo porque a língua não está sujeita a normas prescritas, mas viva e em constante mudança, fato que não pode ser ignorado. *A pesquisa não abrangeu as variantes do português africano e asiático. |