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Programação do 63º seminário do GEL


63º SEMINáRIO DO GEL - 2015
Título: UMA REPRESENTAÇÃO DA MULHER NO LAR, EM CRÔNICA DO COTIDIANO DE CHICO BUARQUE DE HOLLANDA
Autor(es): Siomara Ferrite Pereira Pacheco. In: SEMINÁRIO DO GEL, 63 , 2015, Programação... São Paulo (SP): GEL, 2015. Acesso em: 05/05/2024
Palavra-chave crnica, contexto de linguagem, opinio
Resumo

Esta comunicação situa-se na área da Análise Crítica do Discurso com vertente sociocognitiva e tem por tema a representação do papel da mulher no lar, em crônicas de Chico Buarque de Hollanda.   Ressalta-se que esses textos foram produzidos em um período que corresponde à ditadura no Brasil, além deles terem a representação do Patriarcado como ponto de partida do sujeito enunciador para a construção da opinião, ocultando-se por meio da linguagem poética.   Tem-se por objetivo geral contribuir com os estudos sobre o discurso e a representação sociocognitiva em textos da música popular brasileira, consideradas, neste trabalho, crônicas. O pressuposto é de que a linguagem poética constitui estratégia utilizada pelo cronista para denunciar a condição da mulher nesse contexto. Portanto, tem-se por objetivos específicos: examinar o contexto de linguagem e o uso da linguagem poética; verificar como os contextos social e cognitivo contribuem com a construção da opinião. Justifica-se a pesquisa na medida em que o texto em análise foi produzido na época em que o Brasil encontrava-se em regime de ditadura e, por isso, o locutor oculta-se por meio da linguagem, utilizando-se dos recursos linguísticos para expressar seu ponto de vista, o qual se opõe ao(s) marco(s) de cognição social(is). Assim, retomam-se conceitos postulados por van Dijk (1997, 2012), tais como cognição social, modelos de representação, contextos – de linguagem, social, cognitivo, discursivo, entre outros. O material selecionado para análise é uma crônica em que o feminino representa o que é avaliado positivamente pelos marcos de cognição social, ao que se contrapõe o cronista. Trata-se do texto Minha História, de cuja análise obtêm-se resultados parciais que indicam estratégias do locutor na construção da opinião pelas relevâncias no texto. Conclui-se que o contexto de linguagem favorece a manifestação do ponto de vista do cronista, que avalia negativamente o que é considerado positivo pela sociedade machista, ou seja, a submissão feminina ao poder masculino.