logo

Programação do 63º seminário do GEL


63º SEMINáRIO DO GEL - 2015
Título: Entre a resistência e a anarquia: representações dos manifestantes de junho de 2013
Autor(es): Eliane Righi de Andrade. In: SEMINÁRIO DO GEL, 63 , 2015, Programação... São Paulo (SP): GEL, 2015. Acesso em: 05/05/2024
Palavra-chave memria, discurso jornalstico, virtualidade
Resumo

A proposta deste trabalho é discutir a formação do arquivo e da memória como elementos constitutivos das subjetividades. Partindo de uma perspectiva discursiva da linguagem que contempla estudos de Foucault (2004; 2002), Pêcheux (1990; 1999) e Derrida (1997; 2001; 2004), entre outros, além de noções da psicanálise, como as de sujeito, registros e inconsciente (LACAN, 1985; FREUD, 1996), este trabalho tem como objetivo trazer para a discussão a formação de arquivo e memória, possibilitando a reflexão sobre os modos de subjetivação na contemporaneidade, os quais se mostram em estreita relação com formas outras do sujeito se dizer no mundo e de se relacionar. Esses diferentes modos de existência estão atrelados ao papel das novas tecnologias digitais. Tais tecnologias permitem que as relações intersubjetivas se realizem tanto no mundo dito “real” como no mundo virtual, trazendo consequências para a formação das identidades, que se revelam mais fluidas e fragmentadas. Propomos como foco da análise recortes discursivos selecionados de um jornal impresso e de uma mídia jornalística digital alternativa, que apresentam em comum a temática das manifestações ocorridas a partir de junho de 2013, manifestações essas que podem ser encaradas como acontecimento numa concepção discursiva. Com intuito de estudar e comparar as representações que circulam nesses veículos e que determinam certos sentidos sobre as manifestações, fato entendido discursivamente como acontecimento, uma vez que o material linguístico é produto da história, refletiremos também pelo olhar da desconstrução sobre os elementos que condicionam a memória, individual e/ou coletiva, produzindo sentidos que podem ser questionados a partir de interpretações outras sobre o material discursivo. Assim, pretendemos entender como os sentidos se projetam a partir do olhar do sujeito, das marcas que constituem seus registros imaginário e simbólico (representações) e de suas formações discursivas, que o remetem a um lugar no discurso, dentro de uma ordem por ele estabelecida.