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Programação do 63º seminário do GEL


63º SEMINáRIO DO GEL - 2015
Título: Caminhos metodológicos de pesquisas sociolinguísticas mineiras no início do século XXI
Autor(es): Thaline Senna Ventura Pires. In: SEMINÁRIO DO GEL, 63 , 2015, Programação... São Paulo (SP): GEL, 2015. Acesso em: 05/05/2024
Palavra-chave Sociolingustica, Historiografia lingustica, Falares mineiros
Resumo

O objetivo desta pesquisa é fazer uma análise historiográfica de dissertações e teses defendidas nos primeiros cinco anos do século XXI  no Programa de Pós-graduação em Estudos Linguísticos (PosLin) da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), as quais investigam fenômenos linguísticos de falares regionais mineiros numa perspectiva variacionista. A análise proposta se baseia em estudos da historiografia linguística, que tem como objeto de estudo o desenvolvimento das ideias e das práticas linguísticas (Batista, 2013; Koerner, 1995; Swiggers, 2013). A tentativa de se realizar um levantamento de estudos norteados pela sociolinguística se faz relevante no sentido de (i) possibilitar uma breve análise quantitativa dos estudos (de teses e dissertações) e (ii) analisar as semelhanças e diferenças a respeito dos procedimentos metodológicos que conduzem tais pesquisas. A descrição linguística pautada na análise de dados empíricos mostra que a linguagem humana apresenta variabilidade em todos os níveis de representação da língua (fonética, fonológica, sintática, morfológica, pragmática etc.) e análises fundadas na sociolinguística têm se mostrado relevantes por considerar fatores externos e internos ao sistema linguístico para caracterizar a heterogeneidade da língua. Considerando o histórico das pesquisas linguísticas na Universidade Federal de Minas Gerais, percebe-se, desde 1980 até 2014, um grande crescimento na produção científica no campo sociolinguístico, sobretudo nos primeiros anos do século XXI. Esse crescimento reforça a importância de um estudo interpretativo sobre o assunto, inserindo-o no contexto histórico das produções linguísticas. A análise de trabalhos acadêmicos defendidos na UFMG evidencia, entre outros pontos: (i) a recorrente adoção da Teoria da Variação (proveniente dos estudos de Willian Labov) como uma das principais referências teóricas; (ii) a criação de novos corpora ao invés da reutilização de dados; (iii) a preocupação de se fornecer dados geo-históricos mais ou menos superficiais das localidades observadas e (iv) de abordar os fenômenos investigados como particulares ou não das comunidades analisadas.