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Programação do 63º seminário do GEL


63º SEMINáRIO DO GEL - 2015
Título: Clíticos de Terceira Pessoa: um estudo sobre as implicações da aprendizagem da escrita para a fala
Autor(es): Lara Ribeiro da Silva. In: SEMINÁRIO DO GEL, 63 , 2015, Programação... São Paulo (SP): GEL, 2015. Acesso em: 05/05/2024
Palavra-chave Aquisio de linguagem, Gramtica Gerativa, Clticos
Resumo

Embora o mito da transparência entre a fala e a escrita ainda esteja presente nas escolas, a distância entre o que se fala e o que se escreve no português do Brasil tem sido uma temática importante dentro dos estudos linguísticos contemporâneos. Uma vez que a escrita apresenta um caráter conservador em relação à fala, não se pode trabalhar nas duas modalidades da mesma forma, No entanto, no cenário escolar essa relação não é apresentada uma vez que toda a aprendizagem da escrita é pautada numa visão normativa de gramática. Além disso, estudos de Kato (2005) já se sabe que a aprendizagem da escrita exerce influência sobre a fala de adultos letrados. Diante dessas questões, o presente projeto tem como objetivo estudar a distância entre o que se fala e o que se escreve no português do Brasil baseando-se nos trabalhos de Kato (1999; 2005) sobre o assunto. Para tanto, será realizada uma análise sobre um corpora composto por quatro banco de dados, sendo cada um deles representante de uma etapa do processo de aprendizagem da escrita. São eles: dados cedidos pelo CEDAE que fazem parte da coleção Projeto Aquisição da Linguagem; dados do projeto "A relevância teórica dos dados singulares no processo de aquisição da linguagem escrita” desenvolvido no IEL/Unicamp pela Profª. Dra. Maria Bernadete Marques Abaurre e tendo como pesquisadoras principais a Profª. Dra. Raquel Salek Fiad e a Profª. Dra. Maria Laura Trindade Mayrink Sabinson; o banco de dados da Comissão Permanente para Vestibulares sobre as provas de redação do vestibular da Unicamp; e, por fim, o banco de dados do Projeto NURC/SP (Norma Urbana Culta – São Paulo). O objeto da análise será o uso do pronome “se” tanto como apassivador como indeterminador do sujeito. Toda análise a ser realizada neste trabalho levará em conta o trabalho de Nunes (1990), no qual o autor estabelece o estatuto teórico das construções que envolvem o “se”, apassivador e indeterminador, dentro do quadro da Teoria da Regência e Ligação desenvolvida a partir de Chomsky (1981), além das considerações de Galves (2001) sobre essas construções.