logo

Programação do 63º seminário do GEL


63º SEMINáRIO DO GEL - 2015
Título: Dom Quixote: leituras de Machado de Assis e Jorge Luís Borges sobre o clássico espanhol
Autor(es): Aline Venturini. In: SEMINÁRIO DO GEL, 63 , 2015, Programação... São Paulo (SP): GEL, 2015. Acesso em: 05/05/2024
Palavra-chave Dom Quixote, teoria da recepo, Machado e Borges
Resumo

A pesquisa propõe estudar a leitura de Dom Quixote, considerada um clássico universal, por dois escritores latino americanos, cujas obras possuem alcance mundial: Jorge Luís Borges (argentino) e Machado de Assis (brasileiro). O corpus  inclui tanto a influência que a obra de Cervantes exerce sobre a produção literária dos dois escritores, quanto em seus textos críticos, como crônicas, ensaios e artigos de opinião. Para isso, recorremos como embasamento teórico o estudo da recepção, realizado por Jauss (1960), em que o leitor está no centro da interpretação da obra literária e, através dele principalmente, o teórico argumenta ser possível reescrever a história da Literatura sem depender ou só do Formalismo, ou apenas da história e do contexto. a leitura crítica de Regina Zilbermann ( 1990 ) e a pesquisa de Maria Augusta da Costa ( 1998 ), referência na obra de Dom Quixote e de sua recepção no Brasil. Dessa forma, analisamos o horizonte de expectativas que os dois autores apresentam de Dom Quixote como leitores especializados . Em seguida, comparamos as duas perspectivas leitoras apresentadas, tanto em suas semelhanças, quanto em suas diferenças. Dentro dessa comparação, verificamos como os dois veem o fato de esta obra de Cervantes discutir a questão da recepção dentro do próprio texto e como quebrou, na época de sua primeira publicação, a expectativa dos leitores da época em relação aos romances de cavalaria. A metodologia desse trabalho inicia a sua investigação na influência desse clássico em suas obras: Borges escreveu Pierre Menard: el autor del Quijote, abordando a questão da leitura como uma nova reescrita do texto. Machado de Assis utiliza a ironia cervantina em seu livro Memórias Póstumas de Brás Cubas e o tema da loucura em O alienista. Após isso, há várias crônicas e ensaios em que expõem seu ponto de vista leitor, inclusive Borges o faz especialmente em entrevistas.