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Programação do 63º seminário do GEL


63º SEMINáRIO DO GEL - 2015
Título: Concordância e verbo SER na fala dialetal lusitana
Autor(es): Antnio Anderson Marques de Sousa. In: SEMINÁRIO DO GEL, 63 , 2015, Programação... São Paulo (SP): GEL, 2015. Acesso em: 05/05/2024
Palavra-chave Concordncia verbal, Sentenas coputalitvas, Fala dialetal lusitana
Resumo

                No âmbito dos estudos linguísticos, devemos a Naro, nos anos 60, a primeira investigação empírica sobre a concordância no PB, com desdobramentos na parceria Naro & Scherre, que consolidou uma série de investigações acerca do tema, inclusive no Português Europeu. Nesses estudos confirmaram-se certos fatores estruturais e sociais condicionantes do processo e constatou-se que ambas as variedades apresentavam variação, trazendo a foco o debate sobre as origens das peculiaridades sintáticas do PB. Buscando contribuir para o debate, Varejão (2006) investigou a concordância no PE e aqui apresenta a continuidade daquela investigação, na qual se observaram certos padrões estruturais em sentenças copulativas que demandavam olhar mais específico.
                  Retomando o debate, objetiva-se cotejar a hipótese de Naro & Scherre (2007), para quem as diferenças em relação ao uso variável de marcas no PB/PE são apenas quantitativas, com a de Galves (2012), que, ao contrário, afirma serem também qualitativas. Dando sequência à investigação de 2006, o foco deste estudo é o comportamento do copulativo SER, verbo de alçamento que pode aparecer no singular, acompanhado de expletivo nulo. Como verbo relacional, figura em estruturas com o SD plural anteposto - podendo concordar com um elemento posposto - ou figura com um SD tópico, com expletivo nulo na posição de sujeito.   Da amostra Cordial-sin foram levantadas as ocorrências de SER em sentenças com um SD plural, e 5 padrões foram destacados: 1. SD + SER + Predicado (Os liços eram duas partes/Muitos currais era ao ar livre); 2. Voz passiva analítica (As maçarocas eram lavadas/As ovelhas era amarradas); 3. Relativo + SER (Havia muitas jarras que eram em barro/ Minhas noras que é mais novas); 4. Estrutura clivada (Eles é que eram os patrões/ As barrelas antigamente era feitas era com cinzas); 5. Estrutura Impessoal (Eram terras e árvores/Era companhias a vir).
                    Resultados preliminares indicam o contexto impessoal e a estrutura relativa os mais favoráveis à ausência de marcas.