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Programação do 63º seminário do GEL


63º SEMINáRIO DO GEL - 2015
Título: DESIGNAÇÕES PARA ESTILINGUE NA REGIÃO DO FALAR AMAZÔNICO: UM ESTUDO COM DADOS DO PROJETO ALiB
Autor(es): Danyelle Almeida Saraiva. In: SEMINÁRIO DO GEL, 63 , 2015, Programação... São Paulo (SP): GEL, 2015. Acesso em: 05/05/2024
Palavra-chave estilingue, falar amaznico, Projeto ALiB
Resumo

Sabendo-se que o léxico é o nível linguístico que melhor evidencia a visão de mundo de uma comunidade de falantes, o estudo de um léxico regional permite que se abstraiam elementos culturais de determinado povo, considerando o contexto sócio-histórico das localidades. Este trabalho, que utilizou dados geolinguísticos do Projeto Atlas Linguístico do Brasil – Projeto ALiB, na área semântica de jogos e diversões infantis, apresenta resultados finais de estudo lexical (recorte de Dissertação de Mestrado) com o objetivo de catalogar e analisar, sob a perspectiva léxico-semântica, as designações para a pergunta nº 157 do Questionário Semântico-lexical: “o brinquedo feito de uma forquilha e duas tiras de borracha, que os meninos usam para matar passarinho”. Foram utilizados, para este estudo, dados extraídos de inquéritos linguísticos realizados pela equipe do Projeto ALiB em 26 das 250 localidades que constituem a rede de pontos do Projeto. Das 26 localidades selecionadas para este estudo, 20 delas situam-se na região Norte do Brasil, área dialetal do falar amazônico (NASCENTES, 1953), e as outras 06 localizam-se em regiões limítrofes à área do falar amazônico, que integram o espaço geográfico considerado neste trabalho como área de controle, ou seja, áreas adjacentes que influenciam e/ou são influenciadas pelo falar amazônico.  O objetivo mais amplo desta pesquisa foi verificar a vitalidade da área dialetal do falar amazônico proposta por Nascentes (1953) no que se refere ao nível lexical. Foram documentadas seis unidades lexicais para o conceito em foco: baladeira, balador, estilingue, botoque, estilete(a) e atiradeira. Atestou-se que a designação baladeira predominou em oito dos nove Estados estudados, contabilizando 70% das ocorrências e evidenciando a vitalidade de marca regional no léxico dos habitantes da área dialetal do falar amazônico, disseminando-se para o léxico dos habitantes das regiões limítrofes (área de controle), apesar das influências da norma considerada padrão veiculada nos meios de comunicação.