63º SEMINáRIO DO GEL - 2015 | |
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Título: | Sobre Aprender a Ler na Idade Mínima |
Autor(es): | Mariana Fernandes Fonseca. In: SEMINÁRIO DO GEL, 63 , 2015, Programação... São Paulo (SP): GEL, 2015. Acesso em: 09/05/2025 |
Palavra-chave | Leitura , Conscincia Fonolgica, Aprendizado |
Resumo |
A proposta do Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil /RCNEI (Brasil. MEC/SEF. Referencial curricular nacional para a educação infantil. Brasília: MEC/SEF, 1998.3v.) para o ensino de leitura prevê um processo de letramento global em que o aprendizado ocorre através da exposição ao meio letrado (vide vol. 3). Contudo, um dos reflexos dessa metodologia é o alto índice de brasileiros que não leem com proficiência. Dados do PISA 2012 comprovam que 49,2% ficaram abaixo do nível 2 de leitura. No Brasil, não houve percentuais para o nível 6, sendo este o nível mais alto. (UFRJ/CPDA, Relatório de Autoavaliação Institucional 2014 Ano-base 2013. Rio de Janeiro, 2014: 167) O objetivo deste trabalho é defender que crianças de 30 a 36 meses são capazes de desenvolver a consciência fonológica, capacidade fundamental para o desenvolvimento do aprendizado de leitura, desde que haja uma intervenção pedagógica adequada. A hipótese é que a metodologia implementada pelo RCNEI deve levar considerar os processos neuropsicológicos que o cérebro humano realiza para o processo de leitura e os estágios do processo pelo qual a criança passa para aprender a ler. A leitura pressupõe um sistema de escrita. O sistema de escrita da língua portuguesa é o alfabético. Para o aprendizado de leitura desse tipo de sistema de escrita é fundamental o desenvolvimento da consciência fonológica, isto é, a capacidade de perceber que a língua é segmentada em unidades menores que não possuem sentido, mas que sua permutação muda o sentido das palavras. Esse insight que vem como o reconhecimento dos fonemas que é suficiente para permitir que as crianças detectem relações entre grafemas e fonemas. A criança passa por três estágios na aquisição de leitura: o logográfico, em que a palavra é apenas uma representação pictoideográfica e visual; o alfabético, em que a criança já realiza as relações grafofonêmicas; e, o ortográfico, em que a criança lê palavras de alta freqüência. (CAPOVILLA, Alessandra G. Seabra e Fernando C. Porque a educação brasileira precisa do método fônico. 2007) O ensino da leitura deve passar por reformulações baseado nos estudos científicos em aquisição de leitura. Esse projeto contribui para compreensão da idade mínima para a inicialização do desenvolvimento da leitura e para uma tentativa de reformulação das práticas pedagógicas no processo de iniciação no ensino de leitura na Educação Infantil. ​ |