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Programação do 63º seminário do GEL


63º SEMINáRIO DO GEL - 2015
Título: Processo de sonorização das consoantes oclusivas surdas do Ikpeng
Autor(es): Amanda Dias do Nascimento. In: SEMINÁRIO DO GEL, 63 , 2015, Programação... São Paulo (SP): GEL, 2015. Acesso em: 05/05/2024
Palavra-chave Fontica, Sonorizao , Lngua Ikpeng
Resumo Neste trabalho evidenciaremos o processo de sonorização das consoantes oclusivas surdas da língua Ikpeng: /p, t, k/. Apresentaremos tanto os ambientes em que ocorre a sonorização das oclusivas, quanto às realizações alofônicas de cada um dos segmentos oclusivos. Para esta análise utilizaremos princípios da fonologia autossegmental e da Escola Linguística de Praga, em especial as orientações de Jakobson, Fant & Halle (1953). Nos dados coletados observamos que a oclusiva bilabial surda /p/ realiza-se como o glide [w] entre vogais, diante de líquida a oclusiva ganha o traço sonoro realizando-se dessa forma como oclusiva bilabial sonora [b] e diante de consoante nasal realiza-se como nasal bilabial [m], onde ganha além do traço sonoro, o traço nasal; a oclusiva alveolar /t/ realiza-se como tepe alveolar no primeiro ambiente mencionado, mas não encontramos a realização fonética deste segmento com as líquidas. Isso pode ser explicado por uma restrição de OCP (Princípio do Contorno Obrigatório) que ocorre na língua, já tendo sido mencionada por Pachêco (2001) e que precisa ser melhor investigada. Ainda sobre o fonema /t/, assim como no fonema anterior, o alofone apresenta os traços sonoro e nasal diante de consoante nasal, sendo assim se realiza como nasal alveolar [n]. Já a oclusiva velar /k/ manifesta-se como sua contraparte sonora [g] tanto em ambiente intervocálico quanto diante de líquidas, e realiza-se como a nasal velar diante de consoante nasal. Portanto concluímos que as oclusivas surdas do Ikpeng apresentam traço sonoro em ambiente intervocálico, diante de consoantes líquidas /l, r/ e diante de consoantes nasais. Diante das consoantes nasais observa-se que os alofones de todas as oclusivas apresentam além do traço sonoro o traço nasal. Os dados coletados para esta pesquisa são provenientes da dissertação de mestrado de Emmerich (1972) e teses de doutorado de Pachêco (2001) e Chagas (2013), além de dados inéditos de elicitações realizadas por Chagas entre 2009 e 2012.