Programação do 63º seminário do GEL

O presente trabalho tem por objetivo abordar a formação contemporânea de professores para a educação de surdos, tendo em vista a educação inclusiva e também as escolas bilíngues, nas quais a língua brasileira de sinais (Libras) é considerada a língua de instrução.   Sabe-se que a língua de sinais sempre esteve presente nas comunidades surdas, mas é recente seu reconhecimento de língua natural. Neste sentido, analisaremos as tendências relativas à formação de professores nos últimos dez anos e seus impactos, destacando algumas legislações brasileiras e orientações advindas do Ministério da Educação, evidenciando as implicações para com a formação de professores que atuarão com alunos surdos. Diante deste panorama, ênfase que daremos nesse trabalho será dada também a formação em língua brasileira de sinais, uma vez que houve a inserção de tal disciplina como obrigatória nos cursos de formação de professores, Letras e Fonoaudiologia por meio da publicação do Decreto-Lei nº 5626 em 2005. Em linhas gerais, tal decreto refere-se a diversas diretrizes , a saber, as competências da inclusão da Libras como disciplina curricular nos níveis de formação superior, o estabelecimento de diretrizes para a formação de tradutores/interpretes e de professores de língua portuguesa; a indicação de elementos para o uso e difusão da língua de sinais   o acesso de pessoas surdas à educação, a parametrização das garantias do acesso à saúde das pessoas surdas e a determinação do papel do poder público e de empresas privadas no que se refere à difusão da Libras no Brasil (BRASIL, 2005).       Esse artigo reconhece Libras como ‘meio legal de comunicação e expressão’, ou seja, garante um espaço de enunciação para seus praticantes que é determinado pela legalidade. Destarte, os desafios encontrados no cotidiano escolar, que ainda são muitos, serão pontuados e analisados à luz de literatura específica da área, assim como os avanços e as perspectivas para a educação hodierna de surdos.