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Programação do 63º seminário do GEL


63º SEMINáRIO DO GEL - 2015
Título: Uma comparação entre a marca temporal do infinitivo latino e o infinitivo flexionado português: contrastando duas hipóteses.
Autor(es): Patrcia Helena Veloso de Carvalho. In: SEMINÁRIO DO GEL, 63 , 2015, Programação... São Paulo (SP): GEL, 2015. Acesso em: 05/05/2024
Palavra-chave infinitivo flexionado, infinitivo latino, gramtica gerativa
Resumo

Este trabalho objetiva realizar um estudo descritivo-comparativo entre o infinitivo latino [+T][-Agr] e o infinitivo pessoal português [-T][+Agr]. Para alcançar tal objetivo geral, tomamos como passos necessários dessa pesquisa diversas etapas, as duas principais são: apresentar as principais teorias sobre o surgimento do infinitivo pessoal no português e identificar essa suposta marcação de tempo [+T] no infinitivo latino, analisando-o por meio da Teoria gerativa. A pesquisa está pautada na Teoria Gerativa, embasando-se na proposta da Teoria de Princípios e Parâmetros (CHOMSKY, 1986) e nos desenvolvimentos que seguiram ao Programa Minimalista (CHOMSKY, 1995). Para desenvolver este trabalho são utilizados os estudos de diversos autores; sobre as hipóteses de origens do infinitivo flexionado no português se utiliza, a princípio, os trabalhos de Maurer (1968), Raposo (1987), Martins (2001) e Schaf (2003).  Partindo das análises realizadas, o estudo procura responder algumas hipóteses: (i) há, de fato, marcação de tempo no infinitivo latino ou se trata apenas de marcação de aspecto que colabora com a consecutio temporum da sentença?; (ii) quais as marcas de concordância nos verbos latinos; e (iii) essas marcas se assemelham às marcas encontradas no infinitivo flexionado do português?

Este trabalho tem caráter teórico, portanto, a metodologia utilizada baseia-se numa grande pesquisa teórica sobre a Teoria Gerativa que traz como método de análise, primordialmente, a intuição dos falantes da língua, ou seja, a intuição dos falantes do PB como língua materna, e que é o principal método de análise do infinitivo flexionado do português. Quanto ao infinitivo latino, uma vez que os dados são fragmentados e não há falante de latim como língua materna, esta pesquisa se propõe a apenas testar, por meio da Teoria Gerativa e pela comparação de dados de alguns autores, o comportamento do infinitivo no latim a fim de alcançar seu principal objetivo que é fazer um quadro comparativo entre o infinitivo flexionado no PB e o infinitivo latino.

Como resultado parcial, o trabalho mostrou que as marcas de concordância (número e pessoa) dos verbos latinos, são semelhantes àquelas presentes nos verbos portugueses e, consequentemente, no infinitivo flexionado. Assim, até este ponto da pesquisa, o trabalho corrobora com a hipótese criadora defendida por Maurer (1968) e outros autores que diz que o infinitivo flexionado surgiu do próprio infinitivo impessoal que foi acrescido de desinências número-pessoais uma vez que este admitiu sujeito nominativo.